O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi até pouco tempo um dos homens mais poderosos de Brasília. Como presidente do Senado, entre 2019 e 2021, era interlocutor importante do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso e uma das vozes sempre ouvidas nas discussões mais importantes na capital.
Alcolumbre, no entanto, não conseguiu viabilizar sua candidatura à reeleição em 2021, virou um senador comum, foi envolvido em um rumoroso caso de rachadinha em seu gabinete – revelado por VEJA – e passou a experimentar um certo ostracismo político.
Mas pode piorar: o senador, que tenta um novo mandato, não está tendo vida fácil na disputa pela única vaga do Amapá.
Segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira, 26, pelo instituto Paraná Pesquisas, ele está empatado tecnicamente com a médica Rayssa Furlan (MDB). Ele tem 32,3% das intenções de voto contra 27,3% da adversária, o que configura empate na margem de erro de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos.
Aos 45 anos, Alcolumbre tem uma carreira meteórica na política. Foi vereador de Macapá entre 2001 e 2003, depois deputado federal de 2003 a 2015 e agora senador.
A reeleição ao Senado é vista como fundamental para ele manter protagonismo político no estado – em 2020, já sofreu uma dura derrota ao ver seu irmão, Josiel Alcolumbre, perder a eleição para a prefeitura da capital, apesar de todo o esforço do senador. Ironicamente, Josiel foi derrotado por Antônio Furlan, que é marido de Rayssa, a adversária que ameaça tirar o mandato de Alcolumbre
Outros candidatos
Segundo a pesquisa, aparecem na sequência na briga pela vaga ao Senado o ex-governador João Capiberibe (PSB), com 8,5%; o pastor Guaracy Júnior (PTB), com 6,7%; o engenheiro Gilberto Laurindo (Patriota), com 2,7%; o pastor Valdenor Guedes (Avante), com 1,8%; e o autônomo Marinaldo de Sousa Silva (PCO), com 0,6%.
Entre os entrevistados, 9,3% disseram que irão votar em branco, nulo ou nenhum e 8,6% não souberam ou não responderam.
Governo
Na pesquisa para o governo, há um empate técnico entre o atual vice-governador Jaime Nunes (PSD), com 37,7%, e o ex-prefeito de Macapá Clécio Luís (Solidariedade), com 36,6%.
A pesquisa foi feita de forma presencial com 1.280 eleitores de dezesseis municípios do Amapá e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº AP-05427/2022.