A comitiva de peso que acompanhará Lula na COP28 em Dubai
Prelúdio para cúpula no Brasil em 2025, edição deste ano terá ao menos treze ministros de estado entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro
Com início nesta semana, a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) deverá ter a maior comitiva brasileira da história. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já embarcou nesta segunda-feira, 27, rumo ao Oriente Médio — a primeira parada será Riad, na Arábia Saudita –, deverá ter ao menos treze ministros de estado no evento, que acontece de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes.
Integram a lista: Fernando Haddad (Economia), Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Jader Filho (Cidades), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Carlos Fávaro (Agricultura), Nísia Trindade (Saúde), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Celso Sabino (Turismo), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas).
Além dos auxiliares, um número recorde de brasileiros — mais de 2.400, entre empresários e cientistas — se inscreveu para participar da cúpula por meio da representação oficial brasileira, dos quais cerca de 400 são do governo.
A cúpula, que tem como objetivo discutir a crise climática global, deverá tratar com atenção extra temas como transição energética, mercado de crédito de carbono e o monitoramento das emissões de gases do efeito estufa. Durante a viagem, devem ser assinados mais de duas dezenas de entendimentos e declarações ligadas à questão climática e à justiça social. “É um evento muito importante. Acho que é mais importante do ponto de vista político do que uma Copa do Mundo”, afirmou Lula, ao destacar que uma das prioridades é o foco no combate à fome.
COP no Brasil
O Brasil sediará uma Conferência do Clima pela primeira vez em 2025. A COP30, que acontecerá em Belém (PA), foi um pleito de Lula logo após vencer as eleições de 2022, durante participação na COP27, no Egito. Segundo o presidente, como a floresta amazônica foi o principal tema de debate nas conferências das quais participou, ele decidiu sugerir que a COP fosse realizada na região, para que as pessoas pudessem “conhecer a floresta e suas riquezas”. “Se todos falavam da Amazônia, por que, então, não fazer a COP num estado da Amazônia, para que eles conheçam o que é? O que são os rios, as florestas, a fauna”, disse Lula.