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A boa notícia da PGR para a campanha de Lula

Vice-procuradora disse ao STF não haver provas de corrupção ativa de Edinho Silva, futuro coordenador da campanha petista, em caso envolvendo J&F

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 Maio 2022, 10h11 - Publicado em 9 Maio 2022, 12h10
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  • Ao pedir o arquivamento de um inquérito da Polícia Federal contra o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não trouxe boas notícias somente às fileiras bolsonaristas, nas quais Nogueira é general graduado. A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também teve motivos para comemorar. Isso porque a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, não viu provas da PF contra o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), futuro coordenador da comunicação da campanha de Lula.

    Embora os investigadores tenham atribuído crime de corrupção ativa a Edinho, por supostamente ter pedido a executivos do Grupo J&F que “comprassem” o apoio do PP à campanha de Dilma Rousseff em 2014, Lindôra afirmou ao STF que simplesmente não há provas disso. Para o braço-direito do procurador-geral, Augusto Aras, a suposta participação do prefeito paulista está narrada “única e exclusivamente” nas delações premiadas.

    “Observa-se que a suposta intermediação de EDINHO SILVA foi narrada única e exclusivamente em sede de acordo de colaboração premiada, não havendo qualquer outro elemento de prova – seja ele apresentado pelos colaboradores ou produzido ao longo das investigações – apontando qualquer participação ilícita de EDINHO SILVA referente à campanha de DILMA ROUSSEFF para a eleição presidencial de 2014”, escreveu a vice-procuradora. Ela afirma ainda que não foram apresentados “mensagem, ligação, e-mail, agendamento de encontro ou planilha” que se refiram diretamente a Edinho Silva.

    Ouvido no âmbito do inquérito da PF, o aliado de Lula declarou que não fazia sentido algum cooptar o partido presidido por Ciro Nogueira na campanha de 2014, já que a sigla fazia parte da base aliada do primeiro mandato de Dilma Rousseff e continuaria assim após a reeleição da petista.

    Embora a PGR tenha se manifestado favoravelmente a Edinho no caso envolvendo Nogueira e a J&F, o futuro coordenador lulista é investigado em outra frente. Como mostrou reportagem de VEJA, o prefeito é alvo de inquérito que apura fraude na compra de respiradores na pandemia.

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