A amnésia do bolsonarista que assassinou petista em Foz do Iguaçu
Seu novo advogado, que ficou conhecido por defender mulher que esquartejou o marido, diz que réu sofreu muitas lesões
O policial penal Jorge Guaranho, 38 anos, acusado de atirar e matar o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, no aniversário de 50 anos da vítima, em Foz do Iguaçu (PR), há três semanas, está sem memória do dia do crime. A afirmação foi feita por seu novo advogado no processo, Luciano Santoro. “O cliente não está bem ainda, não tem memória alguma do evento, porque sofreu muitas lesões na cabeça por chutes covardes que lhes foram desferidos por muitos minutos. É um milagre ter sobrevivido”, afirma o defensor, que ficou conhecido no mundo jurídico ao defender Elize Matsunaga, condenada a dezesseis anos de prisão por esquartejar seu marido, Marcos Kitano Matsunaga, em 2012.
Na última quinta-feira (28), outro advogado de Guaranho, Cleverson Ortega, alegou ao juiz de Foz do Iguaçu que não tem condições de apresentar a defesa do seu cliente enquanto não tiver acesso a todo o material da investigação, o que ainda não ocorreu. No dia seguinte, o magistrado Gustavo Germano Francisco Arguello suspendeu o prazo para a manifestação de Guaranho até que Ortega receba o material em posse da Polícia Civil e do Ministério Público.
Jorge Guaranho é réu no processo criminal aberto após a morte de Arruda. Se condenado, poderá pegar 30 anos de prisão.