1º de maio: esquerda (com Lula) e bolsonarismo se preparam para ir às ruas
Apoiadores do presidente e centrais sindicais ligadas ao petista estão convocando atos para o mesmo dia
O próximo 1º de maio, quando se comemora o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador, terá atos contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) e contra e a favor da volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.
Apoiadores do presidente estão convocando manifestações para a data, que tradicionalmente foi ocupada pelos sindicatos. O principal ato bolsonarista está previsto para as 14 horas, na Avenida Paulista, em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo).
No dia 01 de maio às 14h, na AVENIDA PAULISTA! Pela liberdade, pelo Brasil!
Eu estarei lá! E você? 💚🇧🇷 pic.twitter.com/ZomJzT0HUy
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) April 24, 2022
A menos de 3 quilômetros dali, na Praça Charles Miller, onde fica o Estádio do Pacaembu, haverá desde as 10 horas uma grande concentração convocada por sete centrais sindicais, todas pró-Lula e contra Bolsonaro. Na programação, estão previstos shows de vários artistas, entre eles Daniela Mercury e Leci Brandão.
Confirmada! @danielamercury fará show no dia 1º de maio das centrais sindicais em São Paulo #1demaio2022 pic.twitter.com/HwCffNDrGO
— CUT São Paulo (@CUTsaopaulo) April 21, 2022
Mais: haverá a participação do próprio Lula, o que deve ajudar a politizar ainda mais o ato, que já terá bandeiras como “Fora, Bolsonaro”, defesa da democracia e críticas à alta dos preços e ao desemprego. “O 1º de Maio precisa ser um marco na luta pelo fora Bolsonaro”, anuncia Sérgio Nobre, presidente da CUT.
Não se sabe ainda se Bolsonaro irá a alguma manifestação, que está sendo convocada em outras cidades do país, inclusive Brasília. No ano passado, primeira vez que os bolsonaristas foram às ruas nessa data, o presidente não participou. Boa parte da pauta naquela ocasião foi tomada por protestos contra o Supremo Tribunal Federal, o que deve se repetir neste ano.
Ao contrário deste ano, em 2021 havia ainda muitas restrições às aglomerações em razão do estágio da pandemia de Covid-19. Neste ano, o dia cai em um domingo, o que pode ajudar na mobilização.