Pediatras alertam sobre riscos do brinquedo febre do momento
Pediatra diz que crianças não devem manipular produtos químicos, como água oxigenada e ácido bórico
Uma das febres do momento entre a criançada é a produção de slime, uma espécie de geleca. Para ficar mais divertido, a onda é fabricar o próprio slime. E não faltam receitas na internet.
Numa busca simples no YouTube ou Google encontra todo tipo de receita. Alguns usam apenas cola líquida e sabão — é necessário muito cola para atingir uma boa quantidade para brincar. Outras incrementam a geleca com glitter ou bolinhas de isopor. Algumas receitas utilizam água boricada e boráx, composto químico usado como inseticida.
Carlos Augusto Mello da Silva, presidente do Departamento Científico de Toxicologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), diz que a manipulação de produtos químicos, como água oxigenada e ácido bórico no ambiente doméstico por crianças é muito perigoso.
“Traz risco de intoxicação, que pode ser grave, dependendo da dose e da concentração encontrada no produto utilizado”, afirma.
Segundo ele, as famílias devem ser alertadas para não permitir que as crianças “fabriquem” ou manuseiem “gelecas” ou qualquer outro produto contendo substâncias químicas em concentrações desconhecidas.
No ano passado, uma mãe postou foto da filha que sofrou queimaduras após tentar fabricar o próprio slime em casa.
De olho na febre dos slimes, fabricantes e importadores de brinquedos estão trazendo para o Brasil versões prontas do brinquedo grudendo. A Candide, por exemplo, está lançando uma pônei que faz cocô de slime (oi?). A unicórnio Poopsie será vendida pela bagatela de 699,99 reais (oi?). Os robôs da linha Ready 2 Robot, da mesma empresa, também vêm com potinhos de slime para serem lançados.