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Mais uma covardia de Temer

O afastamento provisório, e de apenas um terço dos vice-presidentes suspeitos da Caixa,só acontece porque o documento do Banco Central vazou para a imprensa

Por Lillian Witte Fibe Atualizado em 17 jan 2018, 15h44 - Publicado em 16 jan 2018, 18h54
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  • E não é que a Caixa Econômica Federal tem mesmo 12 vice-presidentes?
    E que só depois que o Banco Central também alertou para a necessidade de demissão de todos por suspeita de corrupção (como o Ministério Público já havia “recomendado” em dezembro), Temer resolve, enfim, trocar 4 deles? Ou melhor, trocar, não: os 4 estão afastados por 15 dias.
    É desconcertante a inação do Planalto diante de escândalo atrás de escândalo.
    Na semana passada, a Casa Civil avisou que não acataria a recomendação dos promotores, isto é, que ninguém seria demitido.
    Avisado em seguida, por ofício, que pode ser responsabilizado por crimes cometidos pelos vice-presidentes que ele não quer demitir, Michel Temer, aparentemente, nem piscou.
    Dois dias depois que o Planalto se recusou a seguir o “conselho” do Ministério Público, foi a vez da diretoria de Fiscalização do Banco Central (sim, Fiscalização!) encaminhar idêntica recomendação ao Ministério da Fazenda.
    Eu nem sabia que a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, é presidente do Conselho de Administração da Caixa, por indicação direta do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Por isso, foi a ela que o Banco Central, igualmente subordinado a Meirelles, enviou a “recomendação”, com data de 10 de janeiro.
    O afastamento apenas provisório e só de um terço dos vice-presidentes suspeitos, anunciado agora há pouco, claramente só aconteceu porque o documento do Banco Central vazou para a imprensa.
    Trata-se da mesma Caixa onde o presidiário Eduardo Cunha, segundo várias operações da Polícia Federal, abasteceu seus cofres pessoais e de correligionários por anos a fio. É por causa dessas investigações que o Ministério Público do Distrito Federal pediu hoje mais 386 anos de prisão a Cunha.
    O ex-presidente da Câmara está em Curitiba. Preso há 1 ano e 3 meses, cumpre, por enquanto, 14,5 anos de cadeia a que foi condenado pelas justiças do Paraná e do Rio Grande do Sul.
    A Caixa Econômica Federal não é propriedade da Presidência da República, muito menos de partidos políticos.
    Pertence ao contribuinte. A você, a mim, a nós.
    É sustentada com o nosso dinheiro.

    Eis os links institucionais sobre a caudalosa diretoria da Caixa:

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    https://www.caixa.gov.br/sobre-a-caixa/governanca-corporativa/conselho-administracao/Paginas/default.aspx
    https://www.caixa.gov.br/sobre-a-caixa/governanca-corporativa/Paginas/diretoria.aspx

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