Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Letra de Médico

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil
Continua após publicidade

Survivorship – a vida após o câncer de mama

Estima-se que o número de sobreviventes de câncer de mama nos EUA deve crescer a uma taxa de cerca de 80.000 por ano; até 2022, serão mais de 3,78 milhões

Por Antônio Frasson
4 jun 2019, 11h57
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O conceito de “survivorship” ou “sobreviventes” compreende o acompanhamento a longo prazo das pacientes diagnosticadas com tumores de mama e que foram submetidas a tratamento. Estimativas recentes dos Estados Unidos indicam que centenas de milhares de vidas de mulheres foram salvas pela mamografia e avanços no tratamento nos últimos anos.

    Essas pacientes devem ser acompanhadas para monitorar o risco de recidiva da doença, manejo dos efeitos colaterais e das eventuais sequelas físicas e psicossociais relacionados ao tratamento, além da promoção à saúde. Com isso, surge uma consonância de que precisamos de um novo modelo de assistência para esse grupo de mulheres, que têm necessidades de acompanhamento e de vigilância bem definidas.

    Quem pode ser considerada uma sobrevivente de câncer de mama?

    De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), uma pessoa é considerada uma sobrevivente no dia em que é diagnosticada e durante o resto da vida.

    Se a paciente vai comemorar o aniversário de sobrevivência, o oncologista provavelmente irá sugerir como marco inicial o dia em que completou o primeiro tratamento – a realização de cirurgia e, possivelmente, quimioterapia e/ou radioterapia.

    À medida que a detecção e os tratamentos melhoraram, as mulheres que foram diagnosticados com a neoplasia estão vivendo mais. Enquanto no tratamento inicial, as pessoas  referem a si mesmas como pacientes com câncer ou sobreviventes de câncer, após o tratamento, podem querer deixar a experiência para trás e seguir em frente sem autodefinições.

    Continua após a publicidade

    Como cuidar dessa população de pacientes em rápido crescimento com necessidades de cuidados de saúde tão específicas?

    As pacientes enfrentam impactos potencialmente significativos do seu tratamento (por exemplo, fadiga, ondas de calor e alterações do humor decorrente da terapia hormonal; sintomas resultantes de alteração da função cardíaca por toxicidade da quimioterapia; e, eventualmente, restrições de amplitude à movimentação do braço relacionado com a cirurgia), e merecem cuidados de acompanhamento multidisciplinar de alta qualidade, abrangentes e coordenados.

    Deve existir uma vigilância regular para a detecção precoce de uma eventual recidiva – reaparecimento da doença – o que inclui a realização de consulta médica e exames de imagem regularmente.  Além disso, necessitam estar cientes da importância de manter um estilo de vida saudável, monitorar os sintomas pós-tratamento que podem afetar adversamente a qualidade de vida e eventual adesão à terapia endócrina.

    Os médicos devem considerar o perfil de risco individual de cada paciente e as preferências de atendimento para abordar os impactos físicos e psicossociais. As sobreviventes devem receber apoio para tratar de depressão, ansiedade, comprometimento cognitivo, problemas de imagem corporal, preocupações sexuais, alterações funcionais e deficiências físicas, mudanças de relacionamento e outras dificuldades de função social.

    Continua após a publicidade

    Recomenda-se também a inclusão de cuidadores, parceiros e familiares nessa rede de apoio após o diagnóstico/tratamento. Compreender as preocupações particulares de cada mulher é essencial para intervenções eficazes.

     

    Doutor Antonio Frasson

     

    Quem faz Letra de Médico

    Adilson Costa, dermatologista
    Adriana Vilarinho, dermatologista
    Ana Claudia Arantes, geriatra
    Antonio Carlos do Nascimento, endocrinologista
    Antônio Frasson, mastologista
    Arthur Cukiert, neurologista
    Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião
    Bernardo Garicochea, oncologista
    Claudia Cozer Kalil, endocrinologista
    Claudio Lottenberg, oftalmologista
    Daniel Magnoni, nutrólogo
    David Uip, infectologista
    Edson Borges, especialista em reprodução assistida

    Eduardo Rauen, nutrólogo
    Fernando Maluf, oncologista
    Freddy Eliaschewitz, endocrinologista
    Jardis Volpi, dermatologista
    José Alexandre Crippa, psiquiatra
    Ludhmila Hajjar, intensivista
    Luiz Rohde, psiquiatra
    Luiz Kowalski, oncologista
    Marcus Vinicius Bolivar Malachias, cardiologista
    Marianne Pinotti, ginecologista
    Mauro Fisberg, pediatra
    Roberto Kalil, cardiologista
    Ronaldo Laranjeira, psiquiatra
    Salmo Raskin, geneticista
    Sergio Podgaec, ginecologista

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.