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Perda urinária: isso não precisa ser um pesadelo!

A perda urinária ainda é vista como um estigma. Felizmente, graças aos avanços da ciência, há solução para quase todos os casos

Por Marianne Pinotti
30 mar 2017, 12h48

Para muitas mulheres, a perda urinária é um assunto difícil, um obstáculo nas interações interpessoais, um estigma que algumas vezes impede até a busca de tratamento. Em alguns países chegam ao absurdo de serem “banidas” inclusive do convívio de sua família por conta desta patologia. Ela pode chegar até a 47% das queixas referidas em consultas ginecológicas.
Mas nem tudo precisa ser triste assim, graças a muitos avanços da ciência, hoje temos solução para quase todos os casos. Existe uma área de especialidade denominada uroginecologia, tal a complexidade envolvida neste tipo de avaliação e tratamento.

Causas

Para que o sistema miccional funcione bem deve haver um equilíbrio entre o enchimento da bexiga e o fechamento e abertura da uretra, trata-se de um jogo de forças que, quando alterado, produz o sintoma da incontinência. Há diversas causas como flacidez muscular decorrente de gestações , traumas de partos normais, atrofia genital na fase de pós menopausa, obesidade, infecções, diabetes,uso de medicamentos, tosse crônica, doenças neurológicas ou traumáticas, derrame cerebral e, mais raramente, tumores.

Diagnóstico

A avaliação médica ideal se inicia com uma “boa conversa” para construção da história clínica (anamnese), diário miccional no qual a paciente relata com detalhes sobre a perda de urina, o funcionamento intestinal, antecedentes obstétricos, doenças de base, medicamentos em uso e cirurgias que possam ter piorado o quadro.

O exame clínico/ginecológico é indispensável, pois detecta alterações anatômicas, identifica alteração no posicionamento dos órgãos (distopias), sinais de hipoestrogenismo e atrofia genital. O teste clínico de esforço e o teste do cotonete são fundamentais no diagnóstico.

Outras ferramentas são os exames complementares (exame de urina, ultrassom com avaliação dos órgãos pélvicos, medida de resíduo miccional, verificação do ângulo uretral, teste urodinâmico e eventual cistoscopia) finalizam esta investigação.

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Tratamento

Os tipos de incontinência urinária dividem-se em incontinência urinária de esforço, de urgência e mista. Já os tratamentos são realizados de acordo com o diagnóstico e podem variar desde exercícios fisioterápicos específicos, eletroestimulação, uso de cones vaginais, laserterapia e radiofrequência vaginais (formas de estimulação de formação de colágeno), além de uso de medicamentos.

O tratamento cirúrgico é muito específico e seu sucesso depende de um diagnóstico bem feito, varia desde uma perineoplastia para correção do mal posicionamento dos órgãos (distopias genitais), “slings” com faixas sintéticas ou com tecido autólogo que apoiam a uretra, e até, em alguns casos, a histerectomia (retirada do útero).

É fundamental que nós mulheres estejamos bem informadas sobre o assunto e, na presença deste sintoma, procurar um especialista. Afinal, a correção da incontinência urinária foi uma das áreas da ginecologia e urologia que mais evoluíram e há, nos dias de hoje, soluções que certamente irão proporcionar uma vida normal e saudável.

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Dra. Marianne Pinotti
(Heitor Feitosa/VEJA.com)

 

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