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O que os olhos não veem… O coração sente, sim

Contrariando o dito popular, cardiologistas ressaltam, no Dia Mundial do Coração, que a falta de informação pode arruinar o peito e a saúde

Por Andrei Carvalho Sposito e Luciano Ferreira Drager*
Atualizado em 13 Maio 2024, 20h52 - Publicado em 29 set 2023, 08h41
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  • Em um país onde as mortes em decorrência do colesterol atingem 100 mil pessoas ao ano, a hipertensão é algoz de 200 mil óbitos anuais e o cigarro assina a responsabilidade por 10% das doenças cardiovasculares, ainda causa espanto que a população, de maneira geral, não faça uma conexão direta entre esses fatores e os problemas no coração.

    Em um estudo da Socesp – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo junto a 2 236 jovens, adultos e idosos nas cidades paulistas de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Osasco, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e na capital São Paulo, 55% dos entrevistados não mencionaram a alimentação desequilibrada como prejudicial à saúde cardíaca.

    Da mesma forma, 64% não entendem a falta de controle da pressão arterial como uma ameaça e 63% não identificam o hábito de fumar como uma ponte para o desenvolvimento dessas doenças. O levantamento da SOCESP ainda apurou que 56% não relacionam a falta de atividade física regular com os problemas do coração, assim como 63% não acham que a obesidade pode ser um perigo cardiovascular.

    A grande questão é: quem não faz uma correlação entre comer gorduras saturadas em excesso e ter um infarto, por exemplo, tem condições de se prevenir? Em outras palavras, existe um desconhecimento de causa que pode ser letal diante de patologias cuja prevenção é o remédio mais eficaz.

    Essa situação não é restrita ao Brasil. A desinformação é pandêmica mesmo em se tratando das patologias cardíacas, as que mais matam no mundo. A criação do Dia Mundial do Coração, instituído pela World Heart Federation (WHF) em 2000 e celebrado em 29 de setembro, tem entre seus objetivos criar meios para esclarecer as populações dos seis continentes sobre ações – ou a falta delas – que impactam a qualidade de vida e abrem caminho para doenças que levam à morte.

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    A campanha deste ano da WHF se concentra justamente em promover essa conexão: mostrar que a rotina interfere diretamente na saúde cardiovascular, para o bem ou para o mal. A organização acredita que o conhecimento de causa sobre o que faz um coração ser saudável ou não é um passo importante para protegê-lo. E tal entendimento sobre o que prejudica ou beneficia a saúde dá as rédeas para que as pessoas zelem pelo próprio bem-estar.

    O Dia Mundial do Coração tem o engajamento de escolas, universidades, clubes esportivos, governos e associações médicas, como a SOCESP. Por meio de suas regionais, a entidade realiza uma série de atividades presenciais, além de postagens de alerta em suas mídias sociais e em seu site, com entrevistas com especialistas que falam diretamente ao público.

    Trata-se de uma maneira de chamar a atenção sobre os fatores de risco cardíaco, deixando claro que, em grande parte das vezes, está em nossas mãos mantermos infartos e outros eventos sérios à distância.

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    Por isso é vital que profissionais de saúde e instituições mantenham um canal de comunicação aberto com a população com o objetivo de conscientizar sobre os atalhos que levam aos problemas cardíacos e que podem ser letais: só no Brasil são cerca de 400 mil óbitos por ano.

    É importante entender que, ao invés de optarmos por esses atalhos, devemos promover pequenas mudanças em nossa rotina, como comer de forma mais saudável, exercitar-se e extirpar o cigarro. Será sempre a melhor opção seguir por essa estrada segura, dando os primeiros passos de uma caminhada que deixará as doenças cardiovasculares para trás.

    *Andrei Carvalho Sposito é cardiologista, professor da Unicamp e diretor das regionais da Socesp – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo; Luciano Ferreira Drager é cardiologista, médico do InCor e diretor de promoção e pesquisa da mesma entidade

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