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Enxaqueca não é qualquer dor de cabeça

Mais de 1 bilhão de pessoas sofrem com o problema, especialmente mulheres. Entenda o que está por trás das crises

Por Tatiane Barros*
Atualizado em 22 Maio 2023, 09h55 - Publicado em 22 Maio 2023, 09h53
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  • mulher com dor
    ENXAQUECA: Mulheres são mais suscetíveis às crises.  (Thinkstock/VEJA)

    Existem mais de 150 dores de cabeça diferentes, e a maioria delas é sintoma de uma outra doença, como uma gripe, ou tem origem tensional. A enxaqueca é um caso à parte. Ela é a própria doença.

    Esse tipo de cefaleia geralmente se manifesta de um dos lados da cabeça, tem característica latejante ou pulsátil e vem acompanhada de incômodo pela luz e pelo barulho (fotofobia e fonofobia, respectivamente), além de náuseas e/ou vômitos.

    Os fatores desencadeantes mais comuns para as crises são determinados tipos de alimentos e bebidas, tais como queijos, chocolate, bebida alcoólica e café; cheiros fortes, como de produtos de limpeza ou cosméticos; estresse, jejum prolongado e sono irregular.

    Uma vez instalada, a crise pode durar de 12 horas a três dias. E, quando acontece por mais de 15 dias em um mês, temos o que chamamos de enxaqueca crônica.

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    As dores intensas podem limitar a realização das atividades rotineiras, comprometendo a qualidade de vida e a capacidade funcional. O quadro crônico acomete pessoas de qualquer idade, mas acaba sendo mais comum em adultos até os 50 anos, justamente a fase mais produtiva da vida. E as mulheres, entre 18 e 50 anos, são as que mais sofrem com a doença.

    A origem exata do problema ainda não é conhecida, mas sabe-se que a enxaqueca crônica tem na predisposição genética um fator importante para o seu surgimento. Nas mulheres, também há um forte componente hormonal.

    Para evitar as crises constantes, é necessário identificar os gatilhos e optar por uma alimentação saudável, rica em proteínas magras, frutas e verduras e evitar o excesso de chocolate, bebida alcoólica, alimentos processados e embutidos. Parar de fumar, controlar o estresse e praticar exercícios regularmente são outras medidas bem-vindas, assim como a adoção de técnicas de relaxamento, ioga, meditação e respiração profunda.

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    A enxaqueca crônica não tem cura, mas pode ser controlada, desde que o paciente tenha um diagnóstico correto e evite a automedicação. Alguns acabam apelando a analgésicos de fácil acesso, que podem, na verdade, aumentar e prolongar as crises.

    Hoje existem medicamentos orais para quando a dor surge e terapias injetáveis para evitar as crises, incluindo a toxina botulínica, aplicada em determinados pontos para relaxar a musculatura da região. O melhor tratamento deve ser alinhado caso a caso com o especialista. O que vale, de forma geral, é o ditado: na enxaqueca, é melhor prevenir do que remediar.

    * Tatiane Barros é neurologista e membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia

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