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União Brasil, MDB e PSDB planejam disputar o controle do Congresso

Objetivo dos líderes é organizar, sob qualquer formato, uma força parlamentar capaz de se contrapor ao Centrão que hoje predomina na Câmara e no Senado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 fev 2022, 08h00

Um partido com o controle de 29% do plenário da Câmara, pelo voto de 149 deputados, e de 35% do Senado, com 29 senadores.

No caixa, R$ 1,7 bilhão para financiar seus candidatos na eleição deste ano — fatia equivalente a 36% do volume de dinheiro público destinado ao fundo eleitoral (R$ 4,9 bilhões).

Esse seria o resultado da aliança imaginada pelos presidentes do União Brasil (fusão do PSL e DEM), do MDB e do PSDB.

Combinaram iniciar negociações depois de amanhã em Brasília. Se vai dar certo, nem eles sabem, mas o simples anúncio já criou um fato novo e relevante na política.

Pretendem por cartas na mesa. Pode ser federação, aliança eleitoral ao velho estilo de coligação ou um bloco parlamentar para funcionar a partir de 2023.

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No trio, dois partidos têm candidatos presidenciais — o governador paulista João Doria, do PSDB, e a senadora do Mato Grosso Simone Tebet, do MDB. O maior dos três, União Brasil, tem apresentado alternativas para vice-presidência.

É arquitetura muito complexa, até porque cada partido tem como prioridade a expansão das próprias bancadas parlamentares, o que ofusca as candidaturas presidenciais nesta fase da temporada eleitoral.

Mesmo ponderando incertezas e obstáculos imediatos, os presidentes dos três partidos se mostram decididos a conversar sobre a construção de uma ponte para o futuro.

Miram no Congresso de 2023. O objetivo é organizar, sob qualquer formato, uma força parlamentar capaz de se contrapor ao agrupamento que hoje predomina nos plenários da Câmara e do Senado.

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Coordenando o Centrão, o PP e o PL passaram a comandar votações, verbas orçamentárias e o próprio governo sob a presidência de Jair Bolsonaro, agora candidato à reeleição pelo PL.

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(./Reprodução)

União Brasil, MDB e PSD planejam reunir votos suficientes para influir na eleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado no ano que vem.

Esboçam um embate dentro da ala de centro-direita pelo domínio de áreas-chave num Legislativo que, hoje, aposta no aumento do próprio protagonismo, com avanço contínuo no controle do orçamento — não importa quem seja eleito presidente.

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A reunião marcada para terça-feira é relevante porque política é isso, a arte da conversa.

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