Ainda não se conhece o tamanho das perdas na Educação durante a pandemia, mas já há indícios de um desastre cujas consequências o país terá de enfrentar, e resolver, nos próximos anos.
O economista Claudio de Moura Castro, dedicado às pesquisas sobre Educação, reuniu alguns indicadores sobre a profundidade do buraco cavado em 2020:
* Dentre os professores, 83% se consideravam despreparados para lidar com tecnologia de aulas à distância;
* O tempo de aula caiu para 1h80m a 2,04 horas, comparado com as quatro horas tradicionais;
* Houve 73% a menos de aprendizado em comparação com um ano escolar típico;
* E tudo indica que as diferenças de aprendizado entre alunos escolas com reputação de qualidade e outras mais frágeis tenham aumentado.
Castro expõe raízes e sequelas da vulnerabilidade educacional do país na pandemia em artigo recém-publicado na revista Interesse Nacional. “O que era ruim, ficou pior”, escreve.