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Reta final

Foco na zeladoria das cidades garante liderança a prefeitos que tentam reeleição

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 ago 2024, 15h01 - Publicado em 30 ago 2024, 06h00
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  • O prefeito do Recife, João Campos (PSB), é candidato à reeleição
    João Campos (PSB), 30 anos, pereniza a dinastia política iniciada pelo avô, Miguel Arraes, a bordo de 76% das intenções de voto (Rodolfo Loepert/PCR/Divulgação)

    Um médico especializado em cirurgia cardiovascular entrou na reta final da disputa eleitoral como o mais provável campeão nacional de votos. Antônio Furlan (MDB), 51 anos, prefeito da capital do Amapá, alcançou o recorde de 91% das intenções de voto a quatro semanas da eleição, informa pesquisa divulgada pelo consórcio Quaest/Rede Amazônica/TV Globo. Ele é o candidato preferencial de oito em cada dez eleitores na média das últimas seis pesquisas realizadas em Macapá, cidade plantada na boca do Rio Amazonas que abriga mais da metade dos 570 000 eleitores do estado.

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    Furlan atropelou nas urnas o clã Alcolumbre, o mais influente na política do Amapá. Elegeu-se prefeito em 2020, depois de triplicar a votação durante a campanha do segundo turno. Venceu com vantagem de 11 pontos percentuais o favorito Josiel, do União Brasil, irmão de Davi Alcolumbre, na época presidente do Senado. O derrotado Josiel ensaiou uma revanche, mas três semanas atrás renunciou à disputa pela prefeitura. O senador Davi persiste na tentativa de voltar à presidência do Senado na eleição interna de fevereiro.

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    A 3 200 quilômetros ao sul, em Goiás, o MDB tem outro possível campeão de votos. O prefeito Aleomar Rezende vai à reeleição em Mineiros com 84% de preferência entre 51 000 eleitores. O advogado Rezende, 57 anos, cultiva o legado do patriarca Agenor, que governou Goiás por um ano (1994-1995), ficou na prefeitura por dois mandatos e fez do sobrinho seu sucessor em 2020.

    As regras eleitorais e partidárias privilegiam quem está no poder. Mas o caixa municipal e a caneta do prefeito já não são suficientes para garantir favoritismo no jogo da reeleição, como se vê em cidades como São Paulo. As sondagens nos municípios com mais de 200 000 habitantes estão mostrando uma convergência entre a intenção de voto e a avaliação da zeladoria dos equipamentos urbanos.

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    “Foco na zeladoria das cidades garante liderança a prefeitos que tentam reeleição”

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    O resultado desse julgamento tem sustentado alguns governantes em posição bastante confortável nas pesquisas. É o caso do médico ginecologista Daniel Barbosa Santos (PSB), 37 anos, prefeito de Ananindeua, na região metropolitana de Belém. A cidade de 500 000 habitantes, espalhados por nove ilhas fluviais, subsiste com infraestrutura urbana precária (menos de 1% do esgoto é coletado e tratado) e sobressai no quadro de insegurança pública que devassa comunidades amazônicas. O prefeito, no entanto, se destaca com 78% da preferência eleitoral.

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    Situação similar se vê no Recife, aglomerado urbano de 1,5 milhão de pessoas, onde João Campos (PSB), 30 anos, pereniza a dinastia política iniciada pelo avô, Miguel Arraes, a bordo de 76% das intenções de voto. E em Salvador, com 2,5 milhões de habitantes. A capital baiana é governada por Bruno Reis (União Brasil), 47 anos, ex-assessor legislativo recrutado para o palanque duas décadas atrás pelo ex-prefeito Antonio Carlos Magalhães Neto. Reis se mantém acima de 65% nas pesquisas.

    Pouco abaixo, na faixa dos 60% de preferência, alinham-se o empresário Adriano Silva (Novo), 46 anos, prefeito de Joinville, em Santa Catarina, e a psicóloga Marília Campos (PT), 62 anos, de Contagem, Minas Gerais. Com chance real de reeleição no primeiro turno, por se manterem com mais de 50% nas pesquisas, também figuram Eduardo Paes (PSD), 54 anos, no Rio; João Henrique Caldas (PL), 37 anos, em Maceió; Eduardo Braide (PSD), 48 anos, em São Luís; e Lorenzo Pazolini (Republicanos), 42 anos, em Vitória.

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    Esses prefeitos estão bem posicionados para renovação do mandato não só pela força do cargo e pelo peso do caixa que administram. Mas, também, porque demonstram alguma sintonia com as prioridades dos eleitores, que seguem recusando a “polarização” ou “nacionalização” da disputa, que embute o risco de transformar prefeituras e câmaras municipais em palanques para a próxima eleição geral, daqui a dois anos.

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    Nesse grupo de favoritos, a média de idade é de 45 anos. É inferior em três anos à média dos outros 15 300 candidatos registrados em 5 570 municípios. Isso não traduz um movimento de renovação local, porque eles já detêm a chave do poder nas suas cidades. Indica, no entanto, a emergência de uma nova geração na cena nacional, onde há quatro décadas prevalecem políticos da falecida Nova República, como Lula, que vai completar 79 anos, e Jair Bolsonaro, 69 anos.

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    Os textos dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de VEJA

    Publicado em VEJA de 30 de agosto de 2024, edição nº 2908

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