Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Impostos: negociação deixa Senado com cheiro de ‘matemágica’

Por enquanto, desenham-se duas certezas sobre as finanças públicas: as contas não fecham e deverá sobrar uma fatura extra de impostos para a sociedade

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 20h16 - Publicado em 7 nov 2023, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Lula e líderes do Senado chegaram a um acordo: amanhã, quarta-feira (8/11), a reforma tributária começa ser votada no plenário.

    O governo tem certeza de que será aprovada. “Não vou dizer quantos votos eu tenho, o que eu vou dizer é que vou aprovar a reforma tributária”, comentou Jaques Wagner, líder da bancada governista, depois da reunião.

    Não se conhecem detalhes do acordo feito por Lula para garantir votos necessários à aprovação.

    Por enquanto, desenham-se duas certezas sobre o futuro das finanças do estado brasileiro: as contas do governo não fecham e, em consequência, deverá sobrar uma fatura extra de impostos, mais cara, para toda a sociedade.

    O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, por exemplo, achava que ia precisar de quase R$ 200 bilhões a mais para cobrir o aumento de gastos previsto para o ano que vem (0,6% a mais na despesa total do governo).

    Continua após a publicidade

    As pressões no governo, reverberadas no PT e aparentemente aceitas por Lula, para extrapolar limites no ano de eleições municipais já resultaram em revisão de objetivos na Fazenda. No cenário mais conservador, 2024 vai custar cerca de R$ 40 bilhões acima do previsto, estima a Instituição Fiscal Independente, vinculada ao Senado. Ainda não está claro de onde viria esse dinheiro extra.

    Sem dinheiro suficiente, para aumentar gastos o governo vai resultar na ampliação do seu endividamento, que já custa muito caro. Mantida a lógica da política econômica que está aí há tempos, o financiamento dessa dívida tende a ser por inflação ou por aumento da carga tributária.

    Uma alternativa, como sugeriu o ministro Haddad, seria o corte de subsídios estatais a segmentos do setor privado. Eles ficam ocultos no orçamento público, dissimulados como “regimes especiais”. São vantagens custeadas pelos contribuintes, em alguns casos necessárias e aferíveis, em muitos outros sem que se tenha ideia dos custos e benefícios efetivos para a sociedade.

    Continua após a publicidade

    A Receita Federal calcula que o país vai gastar R$ 486 bilhões no próximo ano apenas com subsídios. Isso equivale a 80% do que o governo arrecada em um ano (R$ 600 bilhões) com o Imposto de Renda pago por pessoas físicas e empresas.

    Sobram subsídios. Atualmente, a lista inclui concessões às fábricas de barcos, aviões, automóveis, medicamentos, equipamentos médicos, informática, produtos agroindustriais e zonas francas, entre outros.

    Até o início da noite desta segunda-feira (6/11), senadores tentavam ampliar essa listagem de uma forma que, alegavam, não aumentaria a carga tributária. Nem eles acreditam, claro. Brasília exala cheiro de “matemágica”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.