“Não tem hoje veículo mais limpo no mundo do que o híbrido, usando etanol, que temos no Brasil. É uma tecnologia que precisa ser reconhecida, valorizada, preservada. A tecnologia do etanol é acessível, escalável, porque ela pode começar pequena e ir crescendo ao longo do tempo. Ela é replicável, porque não tem barreira tecnológica significativa. É acessível para o consumidor, usa infraestrutura disponível. E ela permite que a indústria automobilística atinja os limites de emissão mais rigorosos do mundo. Esta tecnologia permitiu ao Brasil substituir 3,3 bilhões de barris de gasolina em 45 anos, em um país que tem reserva de petróleo condensado de 12,7 bilhões de barris, incluindo o pré-sal. Com etanol, a gente economizou 25% da nossa reserva. Nesse período, foi uma economia, em divisas, de 610 bilhões de dólares. Para um país que [hoje] tem 356 bilhões de dólares de reserva, 610 bilhões é um número muito importante. Só que tem pouca gente que sabe disso. Sou muito otimista com o Brasil. Mas acho que o Brasil cresce à noite, quando os políticos estão dormindo, porque eles acordam de manhã e fazem tudo para que algumas coisas não andem com a rapidez que deveriam.”
(Plínio Nastari, economista agrícola e presidente da consultoria Datagro, a Carlos Alexandre de Souza, Ana Dubeux e Denise Rothenburg, do Correio Braziliense.)