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Lula lidera mas o PT perde competitividade nos Estados

A menos de um mês das eleições, partido de Lula só possui candidato a governo favorito em uma das 27 unidades da Federação

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 set 2022, 08h10 - Publicado em 7 set 2022, 06h00
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  • Lula e o Partido dos Trabalhadores já viveram melhores momentos eleitorais. O líder petista se mantém estável na liderança da disputa presidencial, mas o seu partido está perdendo poder de competitividade nos Estados.

    O contraste é evidente nas pesquisas. A menos de um mês das eleições, Lula está com 40% da preferência no embate pela presidência, enquanto o PT só possui candidato a governo favorito em uma das 27 unidades da Federação.

    A estrela vermelha solitária no topo das pesquisas estaduais é Fátima Bezerra, professora, ex-sindicalista, há 41 anos na política do Rio Grande do Norte, que hoje governa.

    Na batalha pela reeleição estadual, ela ostenta índices superiores ao de Lula nas pesquisas nacionais, com 30 pontos de vantagem sobre o principal adversário local, o senador Styvenson Valentim, do Podemos, alinhado ao governo Jair Bolsonaro.

    O ápice do PT nos Estados durou oito anos (entre 2006 e 2014), nas presidências de Lula e Dilma, quando teve cinco dos 27 governadores. Foi uma etapa do esplendor petista no controle de 17% da Câmara dos Deputados; 13% do Senado; 15% das Assembleias Legislativas; 12% das prefeituras; e, 10% dos vereadores em todo o país.

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    Fora do poder central há cinco anos, o PT murchou nas representações políticas regionais. Perdeu sete de cada dez prefeituras que possuía dez anos atrás. Governava 639 dos 5,5 mil municípios, agora comanda 182 cidades. Enfrenta dificuldades na mobilização de apoio municipal até para a campanha Lula.

    Nas urnas, Lula sempre ficou descolado do PT. Nessa campanha eleitoral, no entanto, prevalece a equidistância. O partido sequer conseguiu atrair o líder-fundador para anunciá-lo como candidato presidencial petista pela sexta vez em três décadas — um rito do protocolo petista que Lula e seu partido sempre preservaram.

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