PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise

Lula enfrenta as consequências de um choque de realidade

Impasses nas políticas externa, econômica e ambiental derivam da opção de evitar escolhas. Para agonia de aliados, ele se mantém em aparente inércia

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2023, 13h08 - Publicado em 24 Maio 2023, 09h30

Lula amarga as consequências de um choque de realidade.

No fim de semana, saiu da reunião de cúpula do G7, em Hiroshima, deixando um rastro de dúvidas entre líderes dos países mais industrializados sobre sua política externa com a Rússia, no conflito militar na Ucrânia, e com a China, na guerra pela econômica e tecnológica com os Estados Unidos e a Europa.

Na segunda-feira (22), de volta ao Brasil, topou com a primeira e previsível crise dentro do governo, que pode acabar na demissão da ministra do Meio Ambiente Marina Silva.

De um lado, está em jogo o futuro da Petrobras, aflita com a perspectiva de declínio da produção no pré-sal do Sudeste, na próxima década. De outro, as perspectivas do parque industrial brasileiro, tecnologicamente assentado no consumo de energia fóssil.

Impasses sobre a prospecção de petróleo na costa do Amapá e a produção de um “carro popular”, turbinada por isenções tributárias, têm origem comum: a indefinição de um projeto para reestruturação da economia numa etapa de transição energética mundial.

Continua após a publicidade

Isso só é possível a partir de escolhas sobre política externa, ambiental e econômica, muito além das planilhas de despesa e de dívida pública. Mas, por conveniências eleitorais, Lula preferiu evitá-las na campanha, na transição e neste início de governo. Para agonia de aliados, se mantém em aparente inércia.

Na terça-feira (23), viu-se diante de uma eloquente muralha erguida no Congresso, em rara parceria de Arthur Lira, presidente da Câmara, com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.

Fizeram questão de deixar claro que é melhor Lula se acostumar porque não conseguirá reverter “realidades nacionais”, na definição do senador, em casos como os das leis da autonomia do Banco Central, da expansão do saneamento básico e da privatização da Eletrobras.

Continua após a publicidade

O caso da empresa de energia elétrica motivou uma ação assinada por Lula no Supremo com acusações — sem provas — de conluio do Congresso na aprovação da lei de privatização para favorecer lucros privados.

O objetivo, acrescentou Pacheco, “é a permanência dessa realidade”. Lira, também, foi incisivo ao dizer que já havia “comunicado” a Lula essa situação, e resumiu: “Qualquer ‘revisitação’ de temas decididos no Congresso deve ser feita no âmbito do Legislativo” — onde o governo é minoritário

No início da madrugada de hoje, Lira deu nova demonstração de força no plenário da Câmara: conduziu a aprovação do pacote de regras fiscais para controle da dívida pública nos próximos quatro anos.

Era um projeto de lei complementar, que exigia apoio mínimo de 257 votos. Recebeu 372 votos favoráveis, 108 contrários e uma abstenção. Entre os ficaram na oposição aberta à proposta do governo, mas acabaram votando a favor, destacaram-se 22 deputados do PT, ou seja, 32% da bancada de Lula.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.