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José Casado

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Informação e análise

Flerte com extremista levou direita moderada do Chile ao desastre

Há quem veja aspectos comuns na crise dos partidos da direita tradicional e moderada do Brasil e do Chile

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 nov 2025, 08h00

O fracasso da centro-direita na eleição presidencial do Chile provocou debate entre líderes de partidos que, em Brasília, integram o grupo parlamentar conhecido como Centrão.

A direita tradicional e moderada se dividiu e acabou atropelada nas urnas pela extrema-direita conduzida pelo conservador José Antonio Kast, empresário e candidato à presidência pela terceira vez.

A candidata comunista Jeannette Jara venceu o primeiro turno, no domingo, com uma votação (26,8%) próxima à do extremista Kast (23,9%). O embate do segundo turno será no domingo 14 de dezembro.

A vitória de Jara mostra o fôlego eleitoral da coalizão governista comandada pelo presidente socialista Gabriel Boric, de quem foi ministra do Trabalho.

Delineia, também, suas limitações: a soma dos votos dos candidatos da direita (50,3%) é quase o dobro da votação da candidata da esquerda (26%).

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Essa diferença é que tem animado previsões sobre a eventual eleição de Kast no segundo turno.

Outra leitura possível dessa mensagem do eleitorado é sobre o final de um ciclo da direita tradicional e moderada chilena. Ela governou o Chile na redemocratização, em alternância com a esquerda, com o voto da classe média. Agora, enfrenta as consequências de  um desastre nas urnas.

Isso porque diluiu a identidade em flertes eleitorais com as propostas extremistas de Kast. Ele é um representante do tradicionalismo católico — “nacional-catolicismo”, ironizam os adversários citando suas propostas de “menos impostos, menos governo e pró-vida”, assim como discursos sobre o quanto “os chilenos precisam de Deus” e, por isso, “o Estado deve promover a religião nas escolas”.

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A centro-direita chilena perdeu a bússola e o rumo porque deixou de defender o próprio ideário “com um olhar social nítido e responsável”, lamentou no fim de semana o prefeito de Santiago, Mario Desbordes, ex-presidente do Renovação Nacional, fundado há quatro décadas por uma coalizão de organizações do movimento conservador liberal.

Há quem veja aspectos comuns na crise dos partidos da direita tradicional e moderada do Brasil e do Chile.

No caso brasileiro, a perda de identidade ocorre desde 2018, na efusão de um antipetismo que levou à eleição de Jair Bolsonaro. Na época, o chileno Kast disse ver em Bolsonaro um modelo de “esperança de liberdade, segurança, desenvolvimento e justiça social num Brasil que foi destruído pela esquerda”.

Desde então, os partidos da centro-direita brasileira se comportam como reféns eleitorais da extrema-direita alinhada ao agora inelegível Bolsonaro, que nos próximos dias deve se tornar um presidiário, condenado a 27 anos e 10 meses por crimes contra Constituição, entre eles, tentativa de golpe de estado.

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