“Não tenho condição e muito menos vontade de conduzir qualquer articulação com o MDB da Câmara [comandada por seu fiel aliado Arthur Lira]. Na linha do que a minha filha Danielle já postou, eu não sou candidato a nada e ela não pretende ser candidata pelo MDB. Também não tenho condição e nem pretendo me meter em nenhum processo político, seja para governabilidade [de Bolsonaro], seja para influenciar em indicação ao STF. Também não tenho e nem pretendo ter qualquer influência em outro partido politico. (…)
(Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, sobre as relações com o seu partido, o MDB, ontem quando completou onze dias de liberdade e sem tornozeleira eletrônica, depois de cassado e condenado a 53 anos de prisão)
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“A proposta que foi aceita por mim era a minha renúncia, para que, mediante petição elaborada pelo próprio [deputado] Osmar Serraglio, meu processo de cassação retornasse ao Conselho de Ética, para nova apreciação. Essa proposta havia sido acertada no gabinete do já presidente [da República] Michel Temer e levada a mim por Baleia [Rossi, deputado, atual líder do MDB]. A ideia incluiria também que o nome que eu escolhesse como o meu candidato à presidência da Câmara seria apoiado por eles. Depois de debater com os líderes, incluindo o próprio Baleia, escolhi o líder do PSD Rogério Rosso [ex-deputado] para ser meu sucessor, com a concordância de todos… Como se sabe, eu renunciei à presidência [da Câmara] e assinei a petição preparada por eles, mas de nada adiantou. Eles não cumpriram a parte deles no acordo.”
(Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, sobre as relações com o seu partido, o MDB, no recém-lançado Tchau, querida — o diário do impeachment, Editora Matrix)