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Dinheiro para campanha equivale à receita de 147 mil microempresas

Com o aval de Lula, nunca antes parlamentares federais tiveram acesso a tantos recursos do orçamento para influenciar nas eleições em suas cidades

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 16h42 - Publicado em 23 jan 2024, 08h00
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  • Com o aval de Lula, nesta segunda-feira (22/1), a campanha eleitoral deste ano será irrigada por 53 bilhões de reais extraídos do orçamento federal.

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    Esse volume de dinheiro é equivalente à soma do faturamento de 147 mil microempresas privadas, cada uma delas com vendas anuais de 360 mil reais e empregando de nove a 19 pessoas em atividades comerciais, de serviços ou industriais.

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    Corresponde, também, à receita somada de 170 das maiores empresas privadas do país — todas faturando acima de 300 milhões de reais por ano e cada uma empregando mais de 100 pessoas nos segmentos de comércio, serviços e indústria.

    A maior parte (48,1 bilhões) desses recursos destina-se ao financiamento de obras pequenas em municípios escolhidos conforme o interesse eleitoral de deputados e senadores.

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    O restante do dinheiro (4,9 bilhões) será compartilhado por 29 partidos políticos envolvidos na disputa pelas prefeituras e câmaras municipais.

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    A distribuição entre eles é desigual, baseia-se na proporção da bancada que cada um possui na Câmara dos Deputados.

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    Esse critério leva à concentração de um terço do fundo eleitoral em apenas duas organizações políticas.

    O Partido Liberal (PL), que abriga Jair Bolsonaro, vai receber 803 milhões de reais para financiar as suas campanha municipais.

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    Já o PT de Lula terá um caixa de 604 milhões.

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    Os demais vão dividir, proporcionalmente, os 3,4 bilhões restantes desse fundo público.

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    Será a eleição de prefeito e vereador mais cara da história. Prevê-se um gasto médio de 337,5 reais por eleitor.

    Isso equivale a 24% do novo salário mínimo, estabelecido pelo governo em 1.412 reais.

    Nunca antes, parlamentares federais tiveram acesso a tantos recursos do orçamento para influenciar nas eleições em suas cidades

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    Quem vai pagar a conta é a sociedade. Como dizia a ex-primeira-ministra britânica Margaret Tatcher 1925-2013), não existe dinheiro público, existe somente o dinheiro de quem paga impostos.

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