Desgaste de Pacheco com orçamento paralelo já preocupa o PSD
Partido teme efeitos do impasse com o STF na candidatura de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Há uma semana, a cúpula do PSD se reuniu em Brasília para confirmar a candidatura presidencial do senador mineiro Rodrigo Pacheco.
Horas depois, Pacheco, que é presidente do Senado, se juntou a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara num confronto com o Supremo Tribunal Federal, que mandou cumprir a Constituição e divulgar até à próxima semana dados completos sobre as despesas com emendas parlamentares encobertas no orçamento paralelo.
No Senado, estima-se que esses gastos já somam R$ 36 bilhões (R$ 23 bilhões em despesas ocultas nos últimos 22 meses e mais R$ 13 bilhões previstos no orçamento do próximo ano).
Segundo eles, não existem documentos com registro dos nomes dos deputados e senadores que, nos últimos 22 meses, gastaram R$ 23 bilhões em verbas federais. E nem com detalhes sobre como foi a distribuição do dinheiro extraído do Orçamento da União.
Sabe-se, porém, que um grupo de parlamentares — inclusive da oposição — recebeu “para apoiar o governo e fazer reformas”, como definiu o ministro Paulo Guedes, da Economia.
Não é pouca confusão, especialmente para Pacheco, recém-chegado à pista da disputa presidencial.
Desde o fim de semana o presidente do PSD tem passado parte do tempo respondendo a perguntas sobre o impasse criado pelo candidato do seu partido na transparência do orçamento paralelo. O problema nem é da sua gestão na presidência do Senado, mas do antecessor Davi Alcolumbre (União Brasil/DEM), atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça.
À mesa com aliados e em entrevistas, Kassab tem exercitado sua habilidade de convencimento na defesa de Pacheco. “Ele é sério, tem o perfil da conciliação, é sereno e não se escondeu”, repete. “Está examinando o passado [os R$ 23 bilhões em emendas] e vai encontrar uma solução, mas, provavelmente, não vai agradar a todos.”
É uma situação complicada. Não cumprir uma ordem do Supremo é, provavelmente, a última coisa que o advogado Pacheco desejaria. A reação do tribunal é imprevisível.
No esforço de Kassab transparece preocupação com a possibilidade de efeitos corrosivos na candidatura do PSD à Presidência da República.
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