Assine VEJA por R$2,00/semana
O jardineiro casual Por Marcelo Marthe Ideias práticas e reflexões culturais sobre jardinagem, paisagismo e botânica
Continua após publicidade

Jacarandá: um argentino que é bom de bola – ops, de flores

A árvore que deixa tudo azul por aqui nessa época vem do país vizinho e é espetacular. Mas os jacarandás brasileiros não ficam atrás em beleza

Por Marcelo Marthe Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 out 2017, 15h02 - Publicado em 24 out 2017, 14h58
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Quem é melhor: Pelé ou Maradona? No futebol, todo mundo sabe que só há uma resposta possível para essa questão, claro. Mas a coisa se inverte diante de certa bola dividida botânica: quando o assunto é a beleza dos jacarandás, não é que os hermanos levam ligeira vantagem no jogo? Ou, pelo menos, têm a seu favor a torcida do senso comum.

    Publicidade

    Pois bem: este momento do ano é perfeito para o brasileiro tirar a conclusão por si próprio na disputa dos jacarandás. Em cidades como São Paulo, o último suspiro da seca antes da chegada das chuvas de verão deixa tudo azul: sim, a florada dos jacarandás é a responsável pelo tom de roxo quase anil ofuscante que toma as ruas e parques. E, na maioria da vezes, tais árvores imponentes são da espécie Jacaranda mimosifolia – o famigerado jacarandá vindo de países que são nossos vizinhos ao sul, como a Argentina. O que poucos sabem é que, yes, a gente tem belíssimos jacarandás nativos que merecem ser cultivados.

    Publicidade
    Jacarandá Mimosifolia
    Jacarandá Mimosifolia, vulgo jacarandá argentino (IStock/Getty Images)

    A importação do jacarandá mimoso não é uma fraqueza exclusiva dos brasileiros: até em cidades europeias e americanas, ninguém abre mão de cultivar em espaços públicos esse espetáculo do paisagismo. Rústico e frondoso, o jacarandá cresce rápido e proporciona ótima sombra. Tendo sol e espaço o bastante, a árvore vai que é uma beleza. E a cor de sua florada é inigualável: um azul vivo, profundo, de efeito durável.

    Como não me considero um jardineiro xiita, não tenho nada contra o uso do jacarandá gringo no plantio urbano. Ele é tão nobre e adaptado ao nosso clima que a questão da origem passa a ser irrelevante. Mas defendo vivamente que se dê chances aos jacarandás das matas brasileiras. Das inúmeras espécies nativas, duas merecem especial atenção: o Jacaranda brasiliana e o Jacaranda cuspidifolia.

    Publicidade
    Continua após a publicidade
    Jacarandá Brasiliana
    Jacarandá Brasiliana, vulgo jacarandá boca-de-sapo (Mauro Guanandi/Flickr)

    O primeiro é também conhecido como Jacarandá boca-de-sapo, porque sua vargem seca lembra vagamente a boca larga de um batráquio. Ele lembra o jacarandá argentino, mas tem menor porte e crescimento mais lento – detalhe que certamente o desfavoreceu na disputa com o similar estrangeiro no cultivo urbano.

    Jacarandá Cuspidifolia
    Jacarandá Cuspidifolia, vulgo jacarandá de Minas (Mauricio Mercadante/Flickr)

    Já o Jacaranda cuspidifolia tem o nome popular de jacarandá de Minas, por ser originário dos cerrados e matas daquele estado. E é uma joia incomum: suas flores são ainda mais azuladas que as dos outros jacarandás, e vêm geralmente acompanhadas das novas folhas de delicado formato pontiagudo. É o meu favorito.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    E você, leitor: vai de Pelé ou Maradona?…

     

    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.