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Hanks faz imitação física perfeita (e só) em ‘Um Lindo Dia na Vizinhança’

O ator interpreta Mister Rogers, ícone da TV infantil americana, mas o motor do filme é outro: o jornalista furioso que vai entrevistá-lo

Por Isabela Boscov Atualizado em 17 jan 2020, 10h05 - Publicado em 17 jan 2020, 06h00
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  • Pioneiro da TV infantil, Fred Rogers (1928-2003) formou geração após geração de crianças americanas enquanto esteve no ar, entre 1968 e 2001, com o programa Mister Rogers’ Neighborhood (“A Vizinhança de Mister Rogers”). Chamá-lo de formador não é força de expressão: roteirista, músico, titereiro e protagonista da atração, Rogers mobilizava todas as suas variadas habilidades no esforço concentrado de suprir seus pequenos espectadores com ferramentas psicológicas e emocionais que eles talvez não encontrassem em casa ou na escola. Por qualquer definição, era uma pessoa sui generis, de fala muito pausada, calma sobre-humana, atenção absoluta no interlocutor, sorriso terno mas sério e — esta, sua principal preocupação — respeito existencial pelo próximo.

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    Em Um Lindo Dia na Vizinhança (A Beautiful Day in the Neighbor­hood, Estados Unidos/China, 2019), que estreia no país nesta quinta-feira, Tom Hanks reproduz minuciosamente os trejeitos do protagonista, mas o altera em um aspecto sutil, porém fundamental: troca a circunspecção de pastor presbiteriano de Rogers por um ar meio beatífico — e, assim, transforma um homem singular em um sujeito estranho. Como a imitação física é perfeita, a Academia houve por bem indicar Hanks ao Oscar de coadjuvante. Mas o motor do filme da diretora Marielle Heller é outro: Matthew Rhys, o excelente ator da série The Americans, no papel do jornalista amargo, problemático e furioso que vai fazer um texto minúsculo sobre Rogers e se sai com um extenso perfil no qual narra o impacto do entrevistado sobre ele.

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    Tipos como o jornalista Tom Junod — aqui retratado com o nome de Lloyd Vogel — são especialidade de Marielle Heller, que em 2018 tratou muito bem de outra figura tão articulada quanto espinhosa em Poderia Me Perdoar?. Neste caso, porém, a reconciliação rósea para a qual o filme se encaminha solapa o dom maior da diretora: argumentar, com inteligência e perspicácia, que defeitos só se comportam como tal quando seu dono ainda não aprendeu o que fazer deles.

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    Publicado em VEJA de 22 de janeiro de 2020, edição nº 2670

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