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Isabela Boscov

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Game of Thrones: A Batalha dos Bastardos

Por Isabela Boscov Atualizado em 11 jan 2017, 16h21 - Publicado em 20 jun 2016, 21h27

GoT passa de novo na prova do 9 com uma cena sem rival


ATENÇÃO: MUITOS SPOILERS


O amigo André Gordirro diz que o episódio de ontem de Game of Thrones tinha de ser exibido em sala de cinema, e eu concordo: cenas de batalha em séries de TV, mesmo quando muito boas, dificilmente chegam perto do que o cinema de produção classe A é capaz de proporcionar – porque são caríssimas, exigem muita expertise para coreografar e coordenar e, não menos importante, porque a tela reduzida da TV não é o ambiente ideal para tirar todo partido de grandes cenas de ação. Pois D.B. Weiss e David Benioff, os criadores e showrunners de GoT, conseguiram o impossível: estou aqui tentando lembrar de alguma cena de batalha melhor que a da Guerra dos Bastardos, e está difícil.

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Os episódios de número 9 de GoT quase sempre são o ponto alto de cada temporada, mas desta vez o negócio mudou mesmo de patamar. Só me veem à cabeça comparações com o trabalho de cineastas ilustríssimos: a cena final de Kagemusha e a longa batalha central de Ran, de Akira Kurosawa. Aqueles vinte minutos iniciais de O Resgate do Soldado Ryan. O fenomenal cerco a Helm’s Deep em O Senhor dos Anéis – As Duas Torres. O ataque com helicópteros ao som de A Cavalgada das Valquírias em Apocalipse Now. A derrota dos franceses no Dia de São Crispin no Henrique V de Kenneth Branagh. A carga a Aqaba liderada por Peter O’Toole em Lawrence da Arábia. A assustadora chegada dos nazistas em Belarus no russo Vá e Veja. Tenho um fraco também pelos dois navios se abalroando em Mestre dos Mares e pela carnificina da Guerra Civil em Tempo de Glória. Mas estou deixando de fora deliberadamente Coração Valente, 300, O Último Samurai etc. etc. etc. além de todos os filmes de super-herói. Uma razão simples: a batalha não pode ser só bonita, ou sangrenta, ou épica. Tem de arrepiar, jogar você no sufoco, fazer você sentir a vertigem de quem está no meio do massacre. Na TV, eu só compararia a cena de ontem à tomada dos ninhos de metralhadoras no quinto episódio de Band of Brothers, e a atordoante entrada em Paris da terceira temporada de Vikings, que foi uma completa surpresa.

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O que, feitas todas as contas, torna a batalha do episódio 9 desta sexta temporada de GoT uma das mais bem filmadas de todos os tempos, seja na TV, seja no cinema. Na maneira como ela alterna a visão ampla do confronto com o pavor em close-up de quem está sendo retalhado ou pisoteado; na ilusão de que você está vendo algo rodado em Panavision, mas que está configurado de forma habilidosíssima para caber na tela da TV; na violência suja, intensa e curta (as batalhas medievais não duravam muito mais do que os 23 minutos da de ontem; a fadiga de um esforço tão grande vinha muito rápido) – em tudo, ela é absolutamente exemplar, e merece ombrear com as cenas icônicas do gênero. É tão espetacular que deixa no chinelo a Batalha de Blackwater e mesmo o magnífico episódio 9 da temporada anterior. Fez todo mundo esquecer o que, em circunstâncias normais, teria sido um momento memorável de GoT – o ataque dos dragões. E ganhou dois fechos perfeitos: a fúria com que Jon Snow aparou as flechas de Ramsay Bolton e o moeu a socos, e então a belíssima fala com que Sansa condena Ramsay ao pior dos seus infernos, o oblívio. Só Ramsay vai ficar no esquecimento: GoT acaba de virar um marco.

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