Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Isabela Boscov

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Está sendo lançado, saiu faz tempo? É clássico, é curiosidade? Tanto faz: se passa em alguma tela, está valendo comentar. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Ettore Scola

Um cineasta à parte. Publicidade A ASSINATURA ABRIL FICOU AINDA MAIS COMPLETA! Acesso ao acervo de Veja, Quatro Rodas, Claudia, Super e outros títulos Abril, além do conteúdo digital completo. ASSINE A PARTIR DE R$5,99! Mais lidas1Brasil Argentina fecha o cerco a condenados pelo 8/1, e direita brasileira se mobiliza2Mundo Nações europeias se preparam para […]

Por Isabela Boscov Atualizado em 11 jan 2017, 16h06 - Publicado em 20 jan 2016, 16h05
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um cineasta à parte.

    Escolhi esta foto para homenagear Ettore Scola, morto ontem, dia 19 de janeiro, aos 84 anos, porque esse é o Scola que eu imagino: o que nunca acredita no primeiro olhar e sempre reexamina suas impressões.

    Scola foi um cineasta entre-gerações; artisticamente, estava situado a meio-caminho entre os neo-realistas de Vittorio de Sica e o povo “cabeça” de Michelangelo Antonioni. Via com a mesma medida de incredulidade a Itália que sucumbira ao fascismo de Benito Mussolini nos anos 30 e 40 e a Itália que, na década de 60, queria viver cada dia como se fosse o último. Na Itália dos anos 70, sacudida pelos movimentos trabalhistas, foi investigar a camada mais subterrânea dos seus compatriotas – a sordidez da família de favelados liderada por Nino Manfredi em Feios, Sujos e Malvados, de 1976. Curiosamente, esse clássico da iconoclastia está ensanduichado entre alguns dos filmes mais líricos do cinema italiano: Nós que Nos Amávamos Tanto (o filme mais lembrado de Scola, de 1974), o terrivelmente melancólico Um Dia Muito Especial (1977) e O Baile (1983), em que toda a história do século XX europeu transcorre, sem diálogos, em um salão de baile.

    O cinema italiano atravessou uma fase criativamente árida nas décadas de 90 e 2000, mas mesmo durante esse período Scola fez alguns filmes que considero memoráveis, embora em tom menor: A História de um Jovem Homem Pobre, de 1995; O Jantar, de 1998; e Concorrência Desleal, de 2001. A favor dele, Scola tinha não só esse desgarramento das principais correntes cinematográficas de seu tempo, mas um humanismo verdadeiro – desconfiado, abalado, desassombrado, e por isso mesmo mais legítimo. Para conferir, é só assistir a Aquele que Sabe Viver (1962), de Dino Risi, para quem Scola escreveu um de seus primeiros e mais soberbos roteiros.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.