Assine VEJA por R$2,00/semana
Isabela Boscov Por Coluna Está sendo lançado, saiu faz tempo? É clássico, é curiosidade? Tanto faz: se passa em alguma tela, está valendo comentar. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Com Ryan Reynolds, ‘Free Guy’ atesta: 2021 é o ano dos mocinhos

No filme, ele descobre que nem é humano nem seu mundo é real: não passa de um personagem de fundo em um game

Por Isabela Boscov Atualizado em 23 ago 2021, 09h52 - Publicado em 20 ago 2021, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Guy é um exemplo de contentamento com a própria vida: toda manhã, acorda feliz ao som de Fantasy, de Mariah Carey, dá bom-dia ao peixinho-dourado, veste a camisa azulzinha e as calças cáqui (seu armário não tem outra combinação possível) e segue para o trabalho como caixa de banco. Guy nem dá bola aos numerosos roubos, tiroteios, homicídios e atos de vilania em geral que acontecem nas ruas de Free City. Nas várias vezes ao dia em que algum mal-encarado assalta o banco, ele e o segurança Buddy se jogam tranquilos no chão e aproveitam para fazer planos para o fim de semana. Guy (que além de ser um nome quer dizer “cara”) e Buddy (que pode ser um apelido como “amigão”) não participam da bagunça; isso é para quem usa óculos escuros — pessoas de outra categoria. Ou pessoas, simplesmente: Guy (Ryan Reynolds) e Buddy (Lil Rel Howery) creem existir e viver em uma cidade real, mas não passam de NPCs, a sigla em inglês para os personagens de fundo em um game. Mas, quando Guy cruza com a Garota Molotov (Jodie Comer) e se apaixona, ele faz o que nenhum NPC jamais fez: sai do programa e começa a evoluir. Ou seja, age, deseja, experimenta, entra em crise e as provoca também: Molotov — o avatar da criadora original do game — percebe que está caidinha por esse homem que, apesar de não existir de verdade, é muito gente (e Jodie, a maravilhosa Villanelle de Killing Eve, torna a ideia tão natural quanto inevitável).

    Publicidade

    DVD Detona Ralph
    O Show de Truman

    Free Guy (Estados Unidos, 2021), em cartaz nos cinemas, é um cruzamento de O Show de Truman e Detona Ralph com Grand Theft Auto, aquele game em que qualquer barbaridade é permitida. Em tese, seria díspar demais para funcionar. Mas, da mesma maneira que seu protagonista, o filme tem uma espécie de vida própria: é tolo mas esperto, doce, cheio de energia e muito bom de olhar — o que serve também para descrever Reynolds no modo censura livre (aliás, o modo habitual do diretor Shawn Levy, dos três Uma Noite no Museu e de vários episódios de Stranger Things, série da qual vem Joe Keery, um dos atores mais simpáticos do filme). Em uma coincidência que talvez diga algo sobre o espírito do momento, em suma, Free Guy opera no mesmo comprimento de onda que o estouro do ano, a adorável série Ted Lasso. Se até os vilões do Esquadrão Suicida acabam de descobrir que têm um coração, é oficial: 2021 é dos mocinhos.

    Publicidade

    Publicado em VEJA de 25 de agosto de 2021, edição nº 2752

    Continua após a publicidade

    CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR

    DVD Detona Ralph
    DVD Detona Ralph
    O Show de Truman
    O Show de Truman

    *A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.