O advogado Luiz Appolonio Neto, sobrinho do ex-ministro Antonio Delfim Netto, já frequentou o noticiário político-policial nos últimos anos. Nesta sexta-feira, ambos foram alvo da 49ª fase da Operação Lava Jato. Já em março de 2016, na 26ª fase (Operação Xepa), seu nome apareceu como destinatário de 240 000 reais em propina. Em 2005, quando estourou o escândalo dos Correios — e o mensalão –, Appolonio foi demitido do comando do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) — Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica, ficou no seu lugar. Na época, o IRB era um dos nichos de investigação sobre desvios de recursos para políticos. Além do tio, Appolonio era apadrinhado do ex-governador Luiz Aantonio Fleury Filho e do então deputado Roberto Jefferson, que pilotava o PTB. Ele também já atuou em décadas passadas nos ministérios da Fazenda e da Agricultura, no Banco do Brasil e na Sabesp, no estado de São Paulo.
Em nota, o advogado Fernando Araneo, que defende Appolonio, afirma que seu cliente “refuta veementemente as acusações e esclarece que sua vida profissional sempre foi pautada pela legalidade”.