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Giro pelo Oriente

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O que está rolando na Ásia

K-drama, não dorama: campanha resgata o valor dos nomes coreanos

Para o Centro Cultural Coreano, usar os termos certos é respeitar, reconhecer a história e a identidade do país

Por Ana Cláudia Guimarães
7 out 2025, 16h14

K-drama não é dorama. Apesar da Academia Brasileira de Letras ter cunhado o termo dorama como “obra audiovisual de ficção em formato de série, produzida no leste e sudeste da Ásia”, a palavra foi criada no Japão na década de 1950. E a diferença entre as palavras dos países têm um significado profundo e misturam universos culturais distintos. Foi para esclarecer isso que o Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB) lançou, nesta quarta, a campanha “Nomear é respeitar”, em comemoração ao Dia do Hangul, o alfabeto coreano, incluído no calendário oficial de São Paulo, em 9 de outubro.

A iniciativa surge em um momento em que a cultura sul-coreana alcança dimensões globais inéditas: um fenômeno conhecido como Hallyu, ou “onda coreana”. De grupos como BTS e Blackpink à consagração do filme “Parasita” no Oscar, passando pelo sucesso de “Round 6” e “Pousando no Amor” nas plataformas de streaming, o país consolidou sua presença no imaginário pop mundial. No ano passado, a escritora Han Kang ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, reforçando o papel mundial da cultura sul-coreana.

Mas a popularidade também trouxe confusões. Termos japoneses,como “dorama”, são frequentemente usados para designar produtos culturais coreanos, o que, segundo o CCCB, apaga nuances importantes e mistura contextos distintos:

“A campanha tem o objetivo de apresentar e estimular o uso de palavras coreanas, não apenas para evitar confusões, mas também como forma de reconhecer e reverenciar a identidade cultural da Coreia. Aproveitamos as comemorações do Dia do Hangul para lançar e chamar atenção para o tema”, afirma Cheul Hong Kim, diretor do CCCB, afirma Kim.

A atenção à linguagem e aos nomes toca em feridas históricas. Entre 1910 e 1945, a Coreia viveu um período em que falar a própria língua era um ato de resistência. Durante a ocupação japonesa, o governo colonial tentou apagar marcas da identidade coreana, substituindo o idioma, os símbolos e até os nomes das pessoas por padrões japoneses. Nas escolas, o ensino do coreano foi banido, e estudantes eram punidos por usarem a língua materna. A política de assimilação incluía também a obrigatoriedade de adotar nomes japoneses e participar de rituais xintoístas.

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O Centro Cultural Coreano no Brasil lançou, também hoje, um guia de termos frequentemente confundidos, voltado a comunicadores e fãs da cultura asiática. O material está disponível gratuitamente no site da instituição e busca explicar, de forma didática, a origem e o uso correto de expressões coreanas no cotidiano.

A campanha tem o apoio do Consulado Geral da República da Coreia em São Paulo, do Centro de Educação Coreana em São Paulo (CECSP) e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

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