Depois de Flávio Bolsonaro, Eduardo Paes deu um belo chega-pra-lá em José Mariano Beltrame.
O prefeito do Rio finalmente reagiu às tentativas do secretário de Segurança Pública do estado de atribuir à falta de investimentos nos demais serviços públicos o seu próprio fracasso no combate ao crime. A lição de Paes a Beltrame serve para toda a esquerda que vive pregando o “social” como solução para a violência. Abaixo, suas principais declarações ao site de VEJA:
1) “Não parou nenhum serviço da prefeitura no Alemão. As clínicas estão funcionando. São oito no Alemão e na Penha. As escolas estão funcionando. O Eduardo (menino de 10 anos assassinado) estudava lá numa delas. Portanto, ele estava sendo atendido pelo poder público. Não é por ausência de escolas, clínicas da família que o Alemão está desse jeito. Nem por falta de pavimento. Olha as imagens que você vai ver. É o paraíso? É o Leblon? Não! Mas os serviços estão sendo prestados. Essa questão da violência, a maior parte é questão de segurança pública. Não é uma Clínica da Família que vai resolver a criminalidade do Rio de Janeiro.”
2) “Primeiro, minha obrigação é fazer posto de saúde, creche, escola, cuidar do pavimento e que a Comlurb preste seu serviço. E isso tudo a gente faz… Não é a Prefeitura que tem a obrigação de ficar construindo sede de UPP. Continuamos dispostos a ajudar, mas se cada um cumprir com sua obrigação fica melhor.”
Paes irritado é um poeta. Já mandou Joaquim Levy baixar a bola e agora, na prática, fez o mesmo com Beltrame. Se quiser ser presidente em 2018, deveria baixar a bola do PT desde já, convencendo o PMDB a abrir o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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