Em visita ao túmulo do neto no Caju, mulher morre de bala perdida. Não falei que o Rio virou piada macabra?

É duro dizer, mas se você vai visitar o túmulo de um parente em algum cemitério no Rio de Janeiro do secretário gaúcho de Segurança, José Mariano Beltrame, você corre o risco de já ficar por lá. Célia Maria Santos Peixoto, de 59 anos, estava na calçada do Caju, onde foi visitar o túmulo do neto, morto atropelado há um ano, quando foi atingida por uma bala perdida e morreu. Só este ano, disparos que acabam atingindo inocentes já provocaram a morte de pelo menos 15 pessoas no Rio.
A assessoria das UPPs informou que “por volta das 15h desta segunda-feira, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Caju foram abordar um veículo suspeito, nas proximidades do crematório do Caju, quando os ocupantes do carro atiraram contra os policiais. Os agentes revidaram e os criminosos fugiram em direção à Avenida Brasil. No confronto, duas pessoas que passavam pela região foram atingidas. Uma das vitimas morreu no local e a outra foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro”. Esta outra é Cláudio da Silva, de 42 anos, ferido nas costas.
Os agentes da UPP registraram a ocorrência na 17ªDP (São Cristóvão). A área de São Cristóvão tem UPP em TODAS as favelas: Mangueira, Caju, Barreira do Vasco e Tuiuti, mas, como mostrei na minha análise da insegurança carioca, teve o quinto maior aumento percentual (66%!) de assaltos de rua, passando de 1.432 de janeiro a outubro de 2013 para 2.377 no mesmo período em 2014. Ou seja: é um lugar onde bandidos atuam com facilidade.
No próximo post, vou mostrar em vídeo como o céu tem brilhado à noite na Maré. Fique ligado.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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