No primeiro mandato de Lula, o deputado petista Carlos Wilson foi presidente da Infraero. Nas reformas dos aeroportos de Recife, de Maceió e do Rio de Janeiro, foram usados azulejos e pisos de cerâmica produzidos pela Oficina Brennand, do seu então sogro Francisco Brennand, também ex-sogro do tucano Sérgio Guerra, como se vê pela montagem acima.
Diogo Mainardi escreveu na VEJA em 2007: o caso “reproduz, em escala mínima, em escala doméstica, o que aconteceu na CPI dos Correios”. “Onde quer que haja encrenca com um petista, sempre há também um tucano encrencado. Dessa maneira, um acaba protegendo o outro, um acaba acobertando o crime do outro”.
Agora, segundo a Folha, Sergio Guerra é acusado pelo doleiro Alberto Yousseff de ter sido um dos beneficiários dos 10 milhões de reais destinados a impedir a realização da CPI da Petrobras – aquela estatal da qual 640 milhões de reais foram roubados pelo PT.
Enquanto a planilha de Pedro Barusco mostra que as empreiteiras responsáveis pela obra de Abreu e Lima abasteceram o partido governante com mais de 32 milhões de reais, a manchete vexaminosa da Folha – “Doleiro diz que obras em refinaria geraram propina para três partidos” – tenta transformar a propina individual a um tucano já falecido em abastecimento ilegal do PSDB inteiro. Com a ajuda do jornal, o exército militante de Lula vai explorar o máximo que puder o envolvimento de Guerra para relativizar os crimes petistas e enganar os otários, como Dilma fez em campanha quando o ex-diretor Paulo Roberto Costa mencionou o episódio.
Essa gente ingrata está desesperada porque o tucano já não pode proteger o PT.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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