Junto ao Festival do Rio, a 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo compõe o principal palco brasileiro para lançamentos conceituados que têm conquistado os públicos de múltiplas exibições pelo mundo, alguns dos quais são fortes candidatos para o Oscar e outras premiações televisionadas. Na capital fluminense, concorrentes como Emília Pérez, do francês Jacques Audiard, e O Quarto ao Lado, de Pedro Almodóvar, já tiveram contato com os brasileiros. Entre 17 e 30 de outubro, é a vez de os paulistas conferirem alguns dos títulos mais comentados do ciclo. Saiba os três mais badalados:
Maria Callas
Após Jackie (2016) e Spencer (2021), filmes sobre Jacqueline Kennedy e a princesa Diana, respectivamente, o chileno Pablo Larrain completa sua trilogia de filmes sobre mulheres de alto perfil com a soprano Maria Callas (1923-1977), voz mais célebre da história do canto lírico. A trama se debruça sobre os últimos dias de vida da cantora, que lidava com problemas de autoimagem e vida amorosa. O papel foi o grande desafio para Angelina Jolie, que teve que treinar para emular o canto, o sotaque e a postura da grega Callas. Parece ter dado certo: hoje, ela é favorita ao prêmio de melhor atriz no Oscar.
Anora
Anora foi eleito o melhor filme da seleção de Cannes pelo júri encabeçado por Greta Gerwig. Em cenário propriamente americano, a narrativa acompanha a jovem garota de programa Anora (Mikey Madison), que se casa por impulso com o filho de um oligarca russo após alguns dias de romance. A decisão imprudente é para ela um sonho realizado, mas um pesadelo para os pais do rapaz, que viajam para Nova York em busca da anulação do matrimônio. Originalmente agendado para 31 de outubro, o filme teve estreia nacional remarcada para 23 de janeiro de 2025, outro motivo para correr e conferi-lo logo na Mostra.
Ainda Estou Aqui
Candidato brasileiro à competição de filme estrangeiro no Oscar com grandes chances de indicação, o novo longa de Walter Salles é inspirado na história real de Rubens Paiva e acompanha a família do político a partir do começo dos anos 1970, quando a ditadura militar no Brasil vivia seus anos de chumbo. Opositor do regime, ele foi capturado por militares em janeiro de 1971, torturado e morto. Só 40 anos depois, com a Comissão de Verdade, teve sua morte oficialmente investigada e confirmada. Neste meio-tempo, sua esposa, Eunice, travou a própria busca pela verdade, equilibrando os papéis de ativista, advogada e mãe solo. A personagem ganha interpretação estonteante de Fernanda Torres, que nutre esperanças de que, como a mãe, Fernanda Montenegro — que também interpreta Eunice no longa e disputou o Oscar em 1999 por Central do Brasil —, concorra com as estrelas de Hollywood pela estatueta de melhor atriz.
Mais informações sobre as sessões serão divulgadas em breve no site e aplicativo oficiais da Mostra, onde é possível conferir também a lista completa dos 400 filmes que vão ser exibidos.
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