Tom Cruise enfrenta ‘missão impossível’ de driblar pergunta sobre Trump
Ator foi questionado sobre a ameaça do presidente que tira sono de Hollywood enquanto promovia o oitavo e último filme da franquia

O ator Tom Cruise se esquivou de questionamentos sobre a administração de Donald Trump em uma coletiva de imprensa ocorrida em Seul, na Coreia do Sul. Notoriamente apolítico, o ator jamais endossou qualquer partido, candidato ou presidente dos Estados Unidos e, novamente, conseguiu não se comprometer ao ser alvo de uma pergunta sobre as tarifas propostas por Trump sobre produções cinematográficas realizadas fora dos Estados Unidos. Missão: Impossível – O Acerto Final chega aos cinemas do mundo na semana de 22 de maio e foi gravado no Reino Unido, Noruega e África do Sul.
Na ocasião, um repórter coreano aproveitou a oportunidade para perguntar: “Assisti ao filme e notei que ele foi realizado em muitas locações diferentes, incluindo a África. Claro, todos sabemos das tarifas que o presidente Donald Trump têm imposto sobre produções cinematográficas no exterior. As tarifas se aplicam a esse filme? Quanto dele foi gravado fora dos EUA?”. Após uma pausa, Cruise se afastou do microfone e apenas disse ao moderador: “Preferimos nos ater a perguntas sobre o filme, obrigado”.
As tarifas de Trump sobre Hollywood já estão em efeito?
Apesar de evidenciar o posicionamento político vago de Tom Cruise, a pergunta não se aplica. As tarifas propostas por Trump ainda seguem um mistério. Não se sabe como a medida será implementada, nem se ela será imposta sobre produções americanas realizadas no exterior como Missão: Impossível, ou se impactará apenas filmes inteiramente idealizados e feitos fora do país. Até o momento, a Motion Picture Association — representante dos cinco maiores estúdios de Hollywood e da plataforma Netflix — ainda não se reuniu com Trump para negociar termos, nem divulgou um comunicado oficial sobre a ameaça.
A proposta de Trump primeiro surgiu via uma postagem na rede Truth Social, na qual o presidente escreveu que “a indústria cinematográfica dos Estados Unidos está sofrendo uma morte muito rápida”. Para combater incentivos fiscais de outros países que atraem produções — vistos por ele como “uma ameaça à segurança nacional” e “propaganda” —, ele promete autorizar o Departamento de Comércio e o Escritório do Representante Comercial dos EUA a implementar uma tarifa de 100% sobre todo filme produzido fora da nação. “Queremos filmes feitos na América de novo!”, concluiu.
Para além da declaração, nenhuma estratégia oficial foi divulgada, tampouco um calendário. Hoje, é quase impossível que uma grande produção de Hollywood seja filmada inteiramente dentro do país, já que locações estrangeiras são mais baratas ou, às vezes, exigidas pela trama.
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