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Os detalhes do novo filme de Walter Salles com Fernanda Montenegro

Longa marca retorno do diretor de Central do Brasil após pausa de dez anos e conta ainda com Fernanda Torres

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 Maio 2024, 20h19 - Publicado em 28 Maio 2024, 19h30

Após dez anos longe da direção, Walter Salles, de Central do Brasil (1998), está trabalhando em um novo filme com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres (mãe e filha): Ainda Estou Aqui — sem previsão de estreia. A Sony Pictures Classic adquiriu os direitos da obra na América do Norte, Oriente Médio, Europa Oriental, Turquia, Portugal, Austrália e Nova Zelândia, o que deve iniciar sua distribuição em breve. O longa é baseado no livro de memórias do escritor Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, advogada que na vida real se envolveu com o ativismo político após a captura do marido pela Ditadura Militar no Brasil na década de 1960.

Roteirizado por Murilo Hauser e Heitor Lorega, o filme é ambientado no Brasil de 1971 e mostra o país em crise, controlado pelos militares. Eunice Paiva, mãe de cinco filhos, vira um símbolo de resistência quando o marido é preso pela Polícia Militar e desaparece. A produção é da VideoFilmes, RT Features e Mact Productions em coprodução com Arte France Cinéma e Globoplay. A Library Pictures International financiou a obra.

Com a aquisição da Sony, Ainda Estou Aqui deve estrear em breve em algum festival de cinema no exterior, de acordo com o site Deadline.

Marcelo Rubens Paiva tinha apenas 11 anos quando seu pai, o deputado esquerdista Rubens Paiva, foi preso pela Ditadura Militar após um período no exílio — e nunca mais foi visto. Eunice também foi presa, mas acabou solta após quase duas semanas, iniciando uma jornada de incansáveis tentativas de localizar o marido. A Comissão Nacional da Verdade concluiu que Rubens Paiva foi torturado até a morte por ter recebido cartas de organizações de esquerda.

Em entrevista ao Deadline em 2021, Walter Salles declarou que contar a história da família Paiva foi uma missão pessoal a qual se dedicou por anos, inclusive por sua proximidade com os membros. “A maioria dos meus projetos pessoais exigiram processos de desenvolvimento muito longos, desde Central do Brasil, que durou cinco anos, e Diários de Motocicleta, que foram quatro. Nenhum levou tanto tempo quanto este que estou desenvolvendo. O que desencadeou isso foi a emoção que senti ao ler o livro, escrito por esse meu amigo Marcelo”, disse.

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“Ele foi um dos cinco filhos dessa família descrita no livro, uma família completamente normal composta por pai, mãe e filhos, dos 9 aos 16 anos. Eles tiveram uma vida rica com amigos, humor e uma luz, isso fez muitos de nós gravitarmos em torno de sua casa. Um dia, o inesperado aconteceu quando o pai foi levado ao quartel militar para interrogatório. Ninguém naquele momento sabia que aquela seria a última vez que o veriam novamente. Isso coincidiu com um momento desse regime totalitário brasileiro, onde as coisas começaram a ficar extremamente violentas, e onde havia censura e tortura”, concluiu o diretor brasileiro.

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