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Por Raquel Carneiro
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Os bastidores da parceria entre a Netflix e Paulo Coelho em novo filme

Plataforma vai produzir ‘O Diário de um Mago’, clássico do autor brasileiro que costuma ser arredio com adaptações

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jun 2024, 21h13 - Publicado em 17 jun 2024, 11h54

Adaptar livros para o cinema ou para a TV é um processo espinhoso — especialmente se a obra em questão for intimista e filosófica, como O Diário de Um Mago, um dos títulos mais populares da pena de Paulo Coelho. Não à toa, o autor brasileiro costuma ser reticente em verter sua escrita para as telas. Por isso a surpresa quando a Netflix anunciou a adaptação da obra em um ambicioso filme. “Eu sempre fui relutante com a ideia de ver meus livros transformados em filmes, mas a Netflix tem um compromisso com qualidade, então é uma grande alegria ver um projeto audiovisual de O Diário de um Mago”, disse o autor.

A VEJA, Gabriel Gurman, diretor de filmes da Netflix Brasil, revelou detalhes da parceria. “A história do livro não é óbvia. Trata-se de um texto sensível e pessoal, com questões particulares. Ainda existe o peso de vários fãs esperando o resultado. Então esse é um projeto primordial dentro da Netflix”, diz Gurman. Segundo o executivo, o filme está em fase de desenvolvimento de roteiro e o plano é rodá-lo no início de 2025, com locações no Brasil e na Espanha. Na trama semiautobiográfica, lançada em 1987, Coelho relembra sua experiência no caminho de Santiago de Compostela — rota de peregrinação na Espanha, onde fiéis admiram relíquias sagradas —, traçando assim uma parábola sobre escolhas, visões de mundo e espiritualidade. Best-seller, o livro já foi traduzido para mais de setenta idiomas. 

A negociação entre Netflix e Paulo Coelho

Segundo Gurman, a Netflix foi atrás do autor para negociar a adaptação — como se sabe, Coelho possui dois pés atrás com a releitura de seus livros, especialmente após o fiasco da novela Brida, de 1998, produzida pela Rede Manchete. Entre as exigências de Coelho estavam a importância de rodar a história na Espanha e de manter a maior fidelidade possível entre roteiro e obra literária. “Eram preocupações que ele colocou durante a negociação. Temos muito respeito pela obra e conseguimos passar para ele uma segurança em relação ao nosso comprometimento.” A empresa ainda está em processo de selecionar elenco, direção e produtora parceira para fechar o pacote da equipe do longa. 

A Netflix e o cinema nacional

A escolha de ter Paulo Coelho no catálogo, claro, passa pela popularidade do mago em diferentes países. “Nosso público é global, e o Paulo cruza essa fronteira”, diz Gurman. Segundo ele, as produções brasileiras estão entre as prioridades da empresa, por sua capacidade de arrebanhar espectadores e, como diz o jargão do meio, “viajar bem” entre outras nações. Além de O Diário de um Mago, a Netflix também vai apostar no próximo filme do diretor Gabriel Martins, de Marte Um, que no ano passado foi selecionado para representar o país na tentativa de uma vaga no Oscar. 

Curiosamente, entre os gêneros produzidos aqui e que são bem consumidos fora estão o thriller erótico e a ficção científica — substratos pouco explorados pelo cinema e pela TV nacional. Em contrapartida, a comédia nacional, que arrebanha multidões por aqui, dificilmente chega bem a outros países. “É comum isso acontecer com comédias. O humor é algo muito particular de cada cultura”, explica Gurman. Entre 2023 e 2024, a Netflix afirmou que vai investir 1,5 bilhão de reais em produções locais. “É um valor alto que atesta nosso envolvimento com a produção local”, diz o executivo. 

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