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Por Raquel Carneiro

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Cultura

O momento mais emocionante do discurso de Fernanda Torres no Globo de Ouro

Atriz comoveu milhões de brasileiros ao salientar a conexão da vitória na premiação à história da mãe, Fernanda Montenegro, indicada em 1999

Por Thiago Gelli SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 6 jan 2025, 15h58 - Publicado em 6 jan 2025, 10h48

Fernanda Torres no Globo de Ouro: atriz foi aclamada com a estatueta de melhor atriz em filme de drama (Rich Polk/Getty Images)

A atriz Fernanda Torres, 59 anos, causou comoção nacional na madrugada desta segunda-feira, 6, ao conquistar um dos mais cobiçados prêmios de Hollywood, o Globo de Ouro, por sua atuação feminina em drama, pelo qual concorriam as célebres Nicole Kidman, Angelina Jolie, Tilda Swinton, Kate Winslet e Pamela Anderson. Com Ainda Estou Aqui, a carioca se tornou a primeira brasileira a vencer o troféu e subiu ao palco com tremenda ciência do feito, tentado por Fernanda Montenegro em 1999, quando Central do Brasil foi nomeado melhor filme estrangeiro pela cerimônia. Naquele ano, ela perdeu tanto o Globo quanto o Oscar para a americana Gwyneth Paltrow, então com 27 anos, de Shakespeare Apaixonado. Durante o discurso, Torres salientou, com voz trêmula, que o prêmio era dedicado à sua mãe: “Vocês não têm ideia, ela estava aqui há 25 anos, e isso é uma prova que a arte dura na vida“.

No restante do discurso, a atriz premiada agradeceu ao cineasta Walter Salles, que dirigiu ambos os filmes, e também à mulher que interpretou, a advogada Eunice Paiva. Citando as mazelas enfrentadas pela personagem, Fernanda Torres comoveu o público novamente ao afirmar que Ainda Estou Aqui é um filme que ajuda os espectadores a “pensar em como sobreviver em tempos como esses“. Confira o texto completo:

“Meu Deus, eu não preparei nada, porque eu já estava feliz. Esse foi um ano incrível para os desempenhos de atrizes, tantas atrizes aqui que eu admiro tanto. E, claro, quero agradecer ao Walter Salles, meu parceiro, meu amigo. Que história, Walter!

E, é claro, quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não têm ideia, ela estava aqui há 25 anos, e isso é uma prova de que a arte dura na vida, até em momentos difíceis pelos quais a Eunice Paiva, que eu interpreto, passou e com tanto problema hoje em dia no mundo, tanto medo. Esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos difíceis como esses. Então, para a minha mãe, para a minha família, para o Andrucha, para o Selton, meus filhos. E para todos, muito obrigada ao Globo de Ouro, Michael Parker, Mara, tantas pessoas. Muito obrigada!

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