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O duro apelo de diretor iraniano perseguido contra guerra no oriente médio

Condenado por 'propaganda contra o estado' pelo regime dos aiatolás, Jafar Panahi denunciou o ataques israelense e criticou o governo iraniano

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 jun 2025, 10h12

O diretor iraniano Jafar Panahi , vencedor da Palma de Ouro em Cannes por seu drama anti-regime Un Simple Accident, usou as redes sociais para pedir o fim do conflito entre Irã e Israel, e condenar o regime dos aiatolás, pelo qual tem sido perseguido há anos. Em uma publicação no Instagram, Panahi apelou às Nações Unidas e à comunidade global para “forçar imediata e decisivamente os dois regimes” a “interromperem os ataques militares e pôr fim à matança de civis”. “Permanecer em silêncio e inação significa participar do crime”, atestou ele.

Fora do Irã, em um local não revelado, o cineasta condenou as ações e Israel, e descreveu sua posição como inegociável. . “Não tenho dúvidas sobre este ponto claro e inegociável. Declarei minha posição explicitamente e a repetirei: um ataque à minha terra natal, o Irã, é de forma alguma aceitável. Israel violou o Irã e deve ser julgado em um tribunal internacional como agressor de guerra”, atestou Panahi.

O diretor, no entanto, esclareceu que condenar as ações israelenses “não significa de forma alguma ignorar quatro décadas de má gestão, corrupção, opressão, tirania e incompetência por parte da República Islâmica”, destacando que o governo iraniano “não tem o poder, a vontade nem a legitimidade necessária para governar o país ou administrar crises”. “Permanecer neste regime significa a queda contínua e a continuação da repressão. A única maneira de escapar é a dissolução imediata deste sistema e o início de um governo popular, democrático e receptivo” no Irã, defendeu ele.

O cineasta atestou ainda que “ambos os regimes devem ser flagrantemente condenados por sua persistência na violência, na guerra e na absoluta indiferença à dignidade humana”, e que “ataques com mísseis, bombardeios de áreas residenciais e assassinatos seletivos de civis são crimes”. “Moral, política e segurança não são desculpas para esses crimes. Continuar com esse ciclo de sangue e ódio só trará mais instabilidade ao mundo e uma expansão do desastre”, atestou Panahi.

Conhecido mundialmente por obras premiadas como The Circle, Offside e This Is Not a Film, Panahi viajou recentemente do Irã para a Austrália, onde recebeu o prêmio máximo do Festival de Cinema de Sydney por Un Simple Accident. O filme conta a história de um grupo de ex-prisioneiros políticos que sequestram o homem que acreditam ser seu antigo interrogador e torturador. Em entrevista à Variety , o diretor revelou que o longa foi inspirado por suas experiências em uma prisão iraniana — o filme foi filmado clandestinamente depois que ele foi preso por duas vezes por  “propaganda contra o Estado” e proibido de fazer filmes, falar com a imprensa ou deixar o Irã por mais de 14 anos.

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