A edição britânica de Rebel Rising, autobiografia de Rebel Wilson, chegou às livrarias nesta quinta-feira com alguns trechos cobertos por uma tarja preta. As passagens censuradas dizem respeito à experiência desagradável da atriz com Sacha Baron Cohen no set do filme Irmão de Espião, de 2016.
Em um capítulo chamado Sacha Baron Cohen and Other Assholes (“Sacha Baron Cohen e Outros Idiotas”, em tradução livre), Wilson revela que o ator a deixou desconfortável ao insistir que ela gravasse uma cena nua. Ela também alega que Cohen a assediou durante as filmagens de uma cena de sexo, quando pediu para que ela enfiasse um dedo no ânus dele. O comediante nega todas as acusações. Na edição americana do livro, o capítulo foi publicado na íntegra. Já no Reino Unido, o texto sofreu edições. Confira:
“Um assistente de produção me chamou, dizendo que eu precisava filmar uma cena adicional. O que aconteceu em seguida foi a pior experiência da minha vida profissional”, diz o texto, que continua: “Um incidente que me fez sentir intimidada, humilhada e comprometida. Ele não pode ser impresso aqui devido a peculiaridades da lei na Inglaterra e no País de Gales”. No restante da página, o relato foi rasurado.
A editora HarperCollins, que publicou o livro no Reino Unido, justificou a decisão em uma nota enviada ao jornal The Guardian. “Estamos publicando todas as páginas, mas por razões legais, na edição do Reino Unido, removemos a maior parte de uma página e alguns outros pequenos trechos, e adicionamos uma nota explicativa. Essas seções são uma parte muito pequena de uma história muito maior”, afirmam.
Um representante de Sacha Baron Cohen também se manifestou. “A HarperCollins não verificou este capítulo do livro antes da publicação e tomou a medida sensata, mas terrivelmente tardia, de excluir as alegações difamatórias de Rebel Wilson, uma vez apresentadas evidências de que elas eram falsas”, disse em um comunicado. “Imprimir falsidades é contra a lei no Reino Unido e na Austrália, isto não é uma ‘peculiaridade’, como disse a Sra. Wilson, mas um princípio jurídico que existe há centenas de anos. Esta é uma vitória clara para Sacha Baron Cohen e confirma o que dissemos desde o início – que [a acusação] é comprovadamente falsa, num esforço vergonhoso e falho para vender livros”, continuou.
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