‘Jurassic World: Domínio’: 1 verdade e 2 mentiras sobre os dinos do longa
Desde dinossauros com penas até a representação do velociraptor na franquia, confira o que é real e o que é ficção no último capítulo da saga
Desde o lançamento do primeiro filme da franquia Jurassic Park, em 1993, a curiosidade em torno dos dinossauros em cena — e como seria se eles vivessem nos dias de hoje — só aumentou. O longa de Steve Spielberg rendeu duas continuações e uma nova trilogia, que chegou ao final este ano com Jurassic World: Domínio. No último capítulo da saga, Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) precisam solucionar um problema assustador: após sobreviveram ao desastre da ilha onde ficava o parque, os dinos tomaram conta da Terra. Entre elementos ficcionais e embasamento científico, confira o que é real e o que é inventado sobre os dinossauros no filme:
Dinossauros tinham penas – VERDADE
Em 2001, um fóssil de dinossauro desenterrado na China confirmou aquilo que os paleontólogos falavam há décadas: dinossauros realmente tinham penas. Diferentemente dos primeiros filmes de Jurassic Park, o sexto longa da franquia apostou em mais evidências científicas para construir algumas das espécies que aparecem na história. Um bom exemplo retratado em Jurassic World é o do herbívoro Therezinosaurus, poderoso dinossauro que, além de possuir garras mais longas do que o tamanho de uma criança humana, é coberto de pequenas penas felpudas — assim como teria sido na vida real. Outro aspecto que a produção acerta são as cores das penas. De acordo com um texto publicado pelo cientista Ben Igielman, da Universidade de Oxford, no site The Conversation, os paleontólogos conseguiram descobrir, a partir de pigmentos preservados, que preto, vermelho e marrom eram as principais cores das penas de certas espécies de dinossauros.
Os Velociraptors eram super inteligentes – MENTIRA
Apesar de Jurassic World: Domínio tentar corrigir erros científicos na representação do Velociraptor — como, por exemplo, mostrá-lo com penas — este dinossauro é o que mais sofre com mentiras a seu respeito ao longo de toda a franquia. Os erros foram carregados de filme para filme porque o Velociraptor presente no livro Jurassic Park, de Michael Crichton, base para a adaptação de Steven Spielberg em 1993, na verdade foi inspirado em outro dinossauro descrito na publicação Predatory Dinosaurs of The World, do pesquisador Gregory S. Paul. O bicho em questão era do gênero Deinonychus, que tinha o tamanho de um ser humano e caçava em bandos. O Velociraptor da vida real era muito mais modesto em tamanho (não maior do que um peru). Spielberg, porém, insistiu para que seus Velociraptors fossem maiores e eles começaram a ter características de outro gênero de dinossauro: o Utahraptor, maior espécie de raptor já registrada. Além do tamanho, outra característica mudada pelos filmes, principalmente os mais atuais da trilogia Jurassic World, é a inteligência desses animais. Nas telas, extremamente espertos, mas na vida real, segundo o paleontólogo Jim Kirkland, em entrevista a Variety, “eles não são tão inteligentes quanto, digamos, um lobo”.
Alguns dinossauros eram enormes e conviveram no mesmo tempo – MENTIRA
O principal dinossauro que sofre em matéria de tamanho no novo Jurassic World é o Gigantossauro. No filme, ele é retratado como sendo muito maior do que o temido Tiranossauro rex e podendo derrotá-lo facilmente. Apesar de existirem discussões sobre qual dos dois era maior, eles tinham um tamanho semelhante. Além dessa diferença gritante, o longa apresenta um erro pior — essas espécies de dinossauros, que travam uma batalha nas telas, não existiram na mesma época e no mesmo lugar. Ambos viveram no período Cretáceo, mas o T-rex habitou o planeta há cerca de 68 milhões de anos, onde hoje fica a América do Norte, enquanto o Gigantossauro viveu há 99 milhões de anos na região em que hoje fica a América do Sul. O mesmo acontece com outros dinossauros que apareceram no filme, como o Iguanodonte e o Nasutoceratops, que existiram em tempos e locais diferentes.