O Dia das Bruxas de 2024 está honrando seu nome mais do que o normal graças ao sucesso das ditas magas na série Agatha Desde Sempre, do Universo Marvel. Repleto de referências aos arquétipos que já definiram e definem as feiticeiras, de O Mágico de Oz até Os Simpsons, o seriado, porém, se encerrou na véspera da efeméride, deixando fãs com vontade de mais. Por isso, a ocasião é ideal para revisitar ou descobrir outras representações da espécie sobrenatural no cinema. Confira três exemplos diferentes entre si para assistir em casa:
Suspiria (1977)
Onde: Oldflix
Um dos maiores clássicos do horror italiano é também uma das representações mais marcantes da bruxaria no cinema. Em uma escola de dança alemã, a jovem americana Suzy (Jessica Harper) inicia seus estudos ao mesmo tempo em que colegas estão desaparecendo sob condições suspeitas. Ao passo que desvela o mistério, a jovem percebe que as coreógrafas da instituição não são apenas uma trupe artística, mas um conventículo de bruxas gananciosas e implacáveis, que manipulam forças sobrenaturais para cometerem assassinatos violentos. Banhado em cores e sangue vibrante, o filme é referencial de seu tempo e ganhou remake em 2018 nas mãos de Luca Guadagnino, que levou a história para o meio da Guerra Fria. Sua versão, mais soturna, está disponível no Prime Video.
As Bruxas de Eastwick (1987)
Onde: Max
Com Cher, Susan Sarandon e Michelle Pfeiffer no trio protagonista, esta comédia de George Miller está mais alinhada ao tom jocoso de Agatha Desde Sempre e é diversão garantida. Nela, três mulheres divorciadas se sentem reprimidas pelos costumes provincianos de sua cidadezinha na Nova Inglaterra, até a chegada do mago Daryl Van Horne (Jack Nicholson), que as seduz. O cafajeste mágico, porém, também influencia as amigas a desenvolverem os próprios poderes, que usam para combater o cotidiano pacato e o pânico moral de seus vizinhos.
Não Sou uma Bruxa (2019)
Onde: Mubi
Fincada na realidade, esta coprodução entre Zâmbia e Reino Unido expõe uma realidade contemporânea desconhecida a muitos: os “acampamentos de bruxas” espalhados pelo país africano. Lá, em certas comunidades, a culpa de acidentes banais e desastres naturais recai sobre meninas e mulheres que os presenciam, que são então enviadas para os campos. Na trama, é isso que ocorre com a garota Shula, de 8 anos, condenada após a queda de um vazo. No exílio, ela passa por manipulação de seus captores, é convencida de que pode ser amaldiçoada se fugir e ainda é forçada a casar com um governante que a explora para benefício da própria imagem. Satírico e comovente, o filme é bom lembrete de que as conotações sexistas por trás do conceito de bruxas não estão tão distantes assim da atualidade.
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Explorando os “acampamentos de bruxas” da Zâmbia, a estreia de Rungano Nyoni combina comédia, tragédia e efeitos visuais fascinantes. Um retrato de uma jovem rebelde, Eu Não Sou uma Bruxa é uma crítica severa à opressão das mulheres e corrupção por meio do turismo, imprensa e superstição.