Com mais de 16 milhões de cópias vendidas no mundo, o colombiano Juanes é um nome longevo na música latina. Com a carreira iniciada na banda de death metal Ekhymosis, com apenas 15 anos, o cantor começou no rock, mas foi mudando o estilo ao longo dos anos. No início da década de 2000, ele se lançou em carreira solo, transitando gradualmente para o pop romântico. Dono de sucessos como A Dios Le Pido (que tem uma versão em português, cantada por Alexandre Pires), Es Por Ti e Para Tu Amor (tema do casal Thelminha (Grazi Massafera) e Jorge (Thiago Lacerda) na novela Páginas da Vida, em 2006), o cantor de 52 anos se aventura agora na atuação em Pimpinero: Sangue e Gasolina — longa que acaba de chegar ao Prime Video contando a história de três irmãos envolvidos com o contrabando de gasolina na fronteira entre Colômbia e Venezuela. Em entrevista a VEJA, Juanes analisou a primeira experiência na atuação e opinou sobre o crescimento da música latina no mundo. Confira:
Você tem uma carreira longa como cantor, como foi viver um personagem fictício em Pimpinero? É a primeira vez que faço um projeto como ator. Eu amo interpretar. Faço isso nos meus clipes e, de certa forma, gosto da atuação desde criança. Esse filme foi a minha primeira oportunidade de ser um ator e eu adorei. Foi como brincar com os meus amigos quando eu era criança, mas pra valer. Também foi um desafio difícil. Meu personagem não era um músico nem nada do tipo, então eu estava fora da minha zona de conforto. Mas eu gostei demais da experiência. Aprendi muito e provei para mim mesmo que posso fazer isso.
Qual a história de Moisés, seu personagem? Ele é o irmão mais velho de três irmãos que contrabandeiam gasolina na fronteira da Venezuela e da Colômbia. Eles são bem diferentes entre si, mas se amam e fazem isso há anos, apesar de Moisés estar um pouco cansado dessa vida. O filme conta a história desses irmãos e de tudo o que acontece ao redor deles. Tem relacionamentos, amor, ação, drama e limites humanos que às vezes as pessoas ultrapassam por causa da ambição.
O cinema latino tem conquistado espaço nos últimos anos, assim como as músicas. O que fez a música latina virar um sucesso tão grande? Acho que são vários motivos. A tecnologia ajuda bastante nisso. Mas a música latina é muito rica. Países como o Brasil e a Colômbia tem uma mistura mágica com a África, a percussão, a harmonia, as tradições indígenas. Para pessoas da Europa, Estados Unidos e Ásia, é algo que tem um som diferente, um tempero especial. Isso é ótimo. Eu cresci ouvindo Beatles, Rolling Stones e músicas em inglês o tempo todo, e agora eles também podem aprender quem somos, de onde viemos e como é a nossa cultura. O Brasil, por exemplo, tem vários artistas incríveis e que são diferentes entre si. A música latina não é só aquela que você dança. A dançante é ótima, mas tem também metal, punk, rock, reggae. Acho ótimo que agora, com a tecnologia e todas essas plataformas, é possível ter acesso a tudo isso.
Confira o trailer de Pimpinero: Sangue e Gasolina:
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