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Com Austin Butler, ‘O Clube dos Vândalos’ segue gangue que marcou os EUA

Inspirada em uma história real, trama ganha cor ao ser contada pelo ponto de vista da esposa de um dos criminosos

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jun 2024, 13h28 - Publicado em 21 jun 2024, 06h00
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  • Entre 1963 e 1967, o fotojornalista americano Danny Lyon se embrenhou no clube de motoqueiros Chicago Outlaws para registrar os hábitos e o estilo de vida do grupo. Os membros eram principalmente homens de meia-idade deslocados e solitários, que compartilhavam o gosto por motos e pela subversão das regras. Eles viajavam juntos, faziam churrascos, gostavam de uma briga e desafiavam a polícia ao dirigir em alta velocidade. Aos poucos, no entanto, os arruaceiros quase inofensivos viraram uma grande ameaça à segurança. A experiência de Lyon resultou no elogiado livro-reportagem The Bikeriders (1967), vertido no filme O Clube dos Vândalos (The Bikeriders, Estados Unidos, 2023), em cartaz nos cinemas.

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    The Bikeriders – Danny Lyon

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    Exalando graxa e testosterona, o longa é dirigido pelo americano Jeff Nichols, nome que, em uma Holly­wood dominada por franquias, ganhou respeito ao explorar as particularidades dos rincões do Sul e do Meio-Oeste dos Estados Unidos em tramas originais. Para chamar atenção, o elenco é carregado de estrelas. Austin Butler, que brilhou como Elvis, assume a pose de bad boy ao lado do veterano Michael Shannon, da estrela de The Walking Dead Norman Reedus e do talentoso Tom Hardy, no papel de Johnny, líder do clube — na adaptação, os Outlaws são rebatizados como Vândalos de Chicago.

    Paixão por Motos – Jean-Louis Basset

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    Qualquer um dos motoqueiros seria uma escolha óbvia para narrar a história tão masculina, mas Nichols optou por um ponto de vista original: interpretada pela ótima Jodie Comer (de Killing Eve), a desbocada Kathy é quem destrincha os eventos para o repórter (vivido por Mike Faist), com uma dose de humor ácido e outra de empatia, mas sem perder o olhar crítico. “A Kathy tem uma visão privilegiada sobre o grupo”, disse a atriz a VEJA. “São homens de outra época, com dificuldades em lidar com suas emoções e de falar sobre isso, mas ela tem essas ferramentas.” Kathy é a esposa de Benny, papel de Butler. Os dois formam um triângulo peculiar com Johnny: ele quer Benny como seu pupilo e sucessor, enquanto a esposa insiste que o rapaz deixe o clube conforme o clima começa a pesar.

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    Vietnã: Uma tragédia épica – Max Hastings

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    A mudança de reunião de amigos do barulho para uma gangue criminosa se dá com o aumento do grupo. O negócio ganha escala ainda mais perigosa quando a trupe é reforçada pela entrada de ex-soldados traumatizados da Guerra do Vietnã. As detenções por racha evoluem para tráfico de drogas, porte de arma e assassinatos, fazendo dos Vândalos uma facção violenta e na mira da polícia. A virada pode ser lida pelo simbolismo da motocicleta. “É um veículo lindo, que representa a liberdade, mas que também pode matar. Por que o ser humano gosta do perigo? Não sabemos”, diz o diretor, Nichols. O fato é que muitos derrapam feio por causa dessa paixão.

    Publicado em VEJA de 21 de junho de 2024, edição nº 2898

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