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‘As Nadadoras’: Como a atleta síria da vida real atuou no filme da Netflix

A belíssima produção acompanha a trajetória real das irmãs refugiadas Yusra e Sara e contou com diversos imigrantes nos bastidores

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 nov 2022, 14h08

As irmãs Yusra e Sarah Mardini eram adolescentes comuns quando a guerra da Síria explodiu, em 2011. Entre a rotina de escola e festas, as jovens compartilhavam um gosto especial: a natação. Ambas já tinham competido em campeonatos nacionais e sonhavam em um dia representar o país nas Olimpíadas. O sonho, claro, foi interrompido pelo conflito que transformou as duas atletas em refugiadas: as garotas encararam a via-crúcis daqueles que precisam fugir de seu país para sobreviver – isso quando conseguem sobreviver ao árduo caminho até um lugar seguro. Entre milhões de refugiados, as duas ganharam o noticiário por uma atitude heroica. Em um bote inflável minúsculo no meio do mar Egeu, prestes a afundar, as duas pularam na água e nadaram por mais de três horas seguidas, diminuindo o peso do barco e salvando a vida de todos na embarcação. 

A história é retratada no filme As Nadadoras, que está em alta na Netflix e é baseado na autobiografia de Yusra, Butterfly: From Refugee to Olympian, My Story of Rescue, Hope and Triumph (Borboleta: De refugiada à atleta olímpica, minha história de resgate, esperança e triunfo, em tradução livre). A diretora Sally El Hosaini mergulhou na vida da jovem para captar da forma mais autêntica possível a personalidade dela e os traumas da experiência de fuga. Por exemplo, em uma belíssima e assustadora cena, na qual as jovens dançam em uma festa enquanto Damasco é bombardeada ao fundo, toca a música Titanium, de David Guetta e Sia — canção eleita para o momento pela diretora após fuçar nas faixas mais ouvidas por Yusra no Spotify. 

Uma dificuldade encontrada pela cineasta foi escolher corretamente as duas atrizes que interpretaram a nadadora. No caso, foram contratadas as irmãs da vida real Nathalie e Manal Issa, ambas francesas descendentes de libaneses. Apesar de se encantar pela dupla, a diretora ficou frustrada ao saber que ambas não sabiam nadar – um impeditivo para o trabalho. Nathalie e Manal (Yusra e Sara, respetivamente) se dedicaram, então, a aprender rapidamente o esporte. Mesmo assim, era difícil que elas conseguissem nadar como profissionais. A verdadeira Yusra então assumiu o B.O.: ela divide com outras dublês as cenas de competição na piscina. 

O clima realista da produção vai além da ajuda tão próxima da atleta. Boa parte da equipe envolvida no filme é formada por refugiados que passaram por experiências parecidas e até piores. Até a cena no mar Egeu foi de fato filmada em mar aberto (exceto nas cenas noturnas, por questão de segurança, que foram rodadas em um tanque em um estúdio).

Como mostra o filme, Yusra veio ao Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016, na estreia da equipe de refugiados. Ela também nadou em Tóquio 2020. A atleta agora é cidadã alemã e não pode mais competir no time. Em entrevista, ela disse que ainda não decidiu se vai abandonar a natação, porém, quer se envolver cada vez mais com ajuda humanitária. Sara se mudou para a Grécia para trabalhar na assistência de refugiados. Em 2018, foi presa no país, acusada de tráfico humano – crime que ela nega ter cometido. A sentença ainda não foi dada. Se for considerada culpada, ela pode pegar 20 anos de prisão. 

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