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Após polêmica, atriz trans é escalada em adaptação de ‘Geni e o Zepelim’

Após críticas à escolha de Thainá Duarte, Anna Muylaert anunciou que uma atriz estreante em longas-metragens será o novo rosto da personagem

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 abr 2025, 17h45 - Publicado em 29 abr 2025, 17h43

A produção do filme Geni e o Zepelim, da cineasta Anna Muylaert, começou com turbulência quando a atriz Thainá Duarte foi anunciada como intérprete de Geni, personagem que é descrita como travesti na Ópera do Malandro original concebida por Chico Buarque de Holanda. Na nova versão, esse aspecto da personagem não existiria mais, decisão que causou revolta na internet. Nesta terça-feira, 29, após o afastamento de Duarte, um novo talento foi anunciado no papel: Ayla Gabriela, mulher trans que assim protagoniza o primeiro longa-metragem de sua carreira após estrelar alguns curtas. Além dela, o cantor e ator Seu Jorge estará no filme como o comandante do zepelim.

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Na canção homônima, é descrito o encontro entre Geni — pária de sua cidade — e o comandante implacável de um zepelim que ameaça destruir o povoado. A única coisa que pode fazê-lo mudar de ideia é uma noite acompanhado da jovem, por quem se apaixona imediatamente. Segundo o comunicado oficial, o roteiro de Muylaert é livremente inspirado na letra composta há quase 50 anos e é a primeira “história exclusiva” sobre a personagem no cinema. “Ao longo do tempo, a música conquistou diversas gerações, e recebeu várias interpretações no campo das artes. O nome Geni virou adjetivo para se referir a pessoas que sofrem recorrente humilhação pública, e agora a personagem terá a chance de um novo final”, afirma o texto.

A sinopse oficial de Geni e o Zepelim descreve Geni como prostituta de uma cidade ribeirinha no coração da floresta amazônica: “Amada pelos desvalidos e odiada pela sociedade local, ela vê sua cidade sendo invadida por tropas lideradas por um tirano, conhecido como Comandante, que chega voando em um imponente zepelim, com um verdadeiro projeto de poder predatório para a região. Ele obriga todos a fugirem rio adentro, onde acabam presos. Porém, quando o Comandante vê Geni, ela percebe que talvez ainda haja uma chance de virar o jogo”

Tanto filme quanto música compartilham a mesma base: o conto francês Bola de Sebo, de Guy de Maupassant, no qual uma prostituta foge da guerra entre a França e o Reino da Prússia ao fim do século XIX. Segundo Muylaert, a inspiração no conflito bélico faz com que a ambientação do filme foque nas “disputas por terras que ocorrem de forma indiscriminada na região amazônica”.  As filmagens já começaram e devem ocupar os próximos dois meses em Cruzeiro do Sul, no Acre.

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Elenco polêmico

O anúncio inicial de Thainá Duarte causou debate acerca dos espaços de visibilidade da comunidade trans no audiovisual brasileiro. Via Instagram, Muylaert publicou mais de um vídeo sobre o assunto e recebeu respostas de figuras públicas pertencentes à comunidade LGBT+ ou aliadas da causa. Camila Pitanga, por exemplo, ponderou que apagar a identidade de gênero de Geni serviria ao “apagamento doloroso de mulheres trans”. Liniker, por sua vez, escreveu que protestava “por espaço e oportunidade, por termos atrizes trans que poderiam sim dar vida a essa personagem tão icônica e já retratada tantas vezes como uma pessoa trans em montagens pelo Brasil”. Em 19 de abril, a cineasta voltou a rede para anunciar que havia mudado a rota e estava procurando por atrizes trans para o papel.

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