A homenagem de Arnold Schwarzenegger ao colega Bruce Willis
Os dois astros do cinema de ação trabalharam juntos em 'Os Mercenários', de Sylvester Stallone
Durante a divulgação de sua nova série da Netflix, Fubar, o astro Arnold Schwarzenegger foi questionado pelo portal americano CinemaBlend sobre a aposentadoria do colega Bruce Willis, afastado do ofício em razão do diagnóstico de demência frontotemporal. Dois grandes nomes do cinema de ação, Schwarzenegger e Willis trabalharam juntos em Os Mercenários, franquia de Sylvester Stallone. “Acho que ele é fantástico. Ele sempre foi, por anos e anos, uma grande, grande estrela. E acho que ele sempre será lembrado como uma grande estrela. E como um homem gentil”, disse Schwarzenegger sobre o ator. “Eu entendo que, em suas circunstâncias, em termos de saúde, ele teve de se aposentar. Mas, em geral, você sabe, nunca nos aposentamos de verdade. Heróis de ação, eles recarregam”, disse Schwarzenegger invocando o slogan de sua nova série, que diz, em inglês: “Heroes don’t retire. They reload“.
Em fevereiro, a família de Willis veio a público atualizar os fãs sobre as condições de saúde do ator de 68 anos. Em 2022, haviam anunciado a aposentadoria do astro pelo diagnóstico de afasia — um transtorno de linguagem causado por dano cerebral, que afeta a capacidade de comunicação da pessoa —, no novo comunicado explicavam a descoberta de uma progressão da condição. Denominada demência frontotemporal (DFT), a doença ainda não tem cura e costuma se intensificar com o tempo. Pode afetar os lobos frontais e temporais do cérebro, resultando em mudanças no comportamento e na linguagem, a depender de qual região mais atingir — no caso de Bruce, seria a temporal. Os desdobramentos incluem transformações no comportamento social do indivíduo, muito pautado por impulsos e extremos, e até na personalidade.
“A DFT é uma doença cruel da qual muitos de nós nunca ouvimos falar e que pode atingir qualquer um. Para pessoas com menos de 60 anos, a DFT é a forma mais comum de demência, e como o diagnóstico pode levar anos, a DFT é provavelmente muito mais dominante do que sabemos”, diz o comunicado, publicado pela família de Willis em fevereiro no site da Associação para a Degeneração Frontotemporal. “À medida que a condição de Bruce avança, esperamos que qualquer atenção da mídia possa se concentrar em iluminar esta doença que precisa de muito mais conscientização e pesquisa.”