O documentário Isabella: O Caso Nardoni, da Netflix, revisita o triste episódio que chocou o Brasil em 2008. Lançada em 17 de agosto, a produção alcançou uma audiência surpreendente: há três semanas, figura no ranking dos dez filmes em língua não-inglesa mais assistidos na plataforma, mundialmente. Na semana de estreia, e também na seguinte, dominou o topo da lista. Já no último período divulgado pela Netflix, entre 28 de agosto e 3 de setembro, caiu para a sexta posição. No total, o documentário soma 21,5 milhões de horas assistidas — uma estimativa de 12,3 milhões de visualizações.
O filme apresenta as reconstruções feitas pela perícia durante a investigação e depoimentos do promotor Francisco Cembranelli, de advogados envolvidos no processo, delegados, jornalistas e da família materna de Isabella. Apesar de não trazer elementos novos à investigação, encerrada há mais de uma década com a condenação do casal Nardoni, a produção se debruça sobre a repercussão do caso na mídia, e aponta que a comoção popular causada pela espetacularização do caso acelerou partes da investigação. Em entrevista a VEJA, os diretores Claudio Manoel e Micael Langer detalharam o processo de contato com as famílias envolvidas no caso.