3 curiosidades dos bastidores do live-action de ‘A Pequena Sereia’
Da influência curiosa de outro filme da Disney ao teste de uma cantora famosa para o papel de Úrsula, confira detalhes sobre o novo filme da princesa Ariel

Em cartaz nos cinemas, a versão em live-action do clássico A Pequena Sereia demorou para ficar pronta — agora, divide opiniões, como costuma acontecer com as refilmagens da Disney. A única unanimidade atende pelo nome de Halle Bailey, a Ariel que no filme brilha com uma voz encantadora. Para interpretar a princesa sereia, Halle passou por uma preparação física intensa, com direito a treinamento de nado sincronizado. Confira outras três curiosidades dos bastidores do longa:
Influência de Piratas do Caribe
O diretor responsável pelo filme é Rob Marshall, que já trabalhou com a Disney algumas vezes — como em Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas (2011), quarto filme da franquia protagonizada por Johnny Depp, e que conta com um arco envolvendo sereias. Em ambos, Marshall trabalhou com o produtor John DeLuca, seu parceiro no cinema e na vida — e a dupla revelou que a experiência prévia ajudou a contar a história de Ariel. Marshall disse à revista americana Entertainment Weekly que Piratas do Caribe foi usado como ponto de partida para o live-action: ter trabalhado com atores interpretando sereias antes foi muito útil, por permitir estipular, no novo filme, em quais momentos precisariam estar de fato na água para gravar, e em quais seria utilizado efeitos especiais. Também colaborou para as discussões sobre o visual dos seres com cauda, do figurino à movimentação característica. “Serviu como um guia para nos levar para o próximo nível”, explicou.

Lizzo fez teste para o papel de Úrsula
Melissa McCarthy honrou a vilã debochada de A Pequena Sereia, mas é interessante imaginar como Lizzo teria se saído na função. A cantora e rapper vencedora do Grammy falou abertamente sobre ter participado de um teste para o papel da feiticeira, e chegou a brincar com a própria Melissa dizendo ter se saído terrível na tentativa. Mais tarde, esclareceu para a Variety: “Minha audição não foi terrível. Às vezes eu gosto de fazer piadas. Minha audição foi boa. Você pode perguntar à Disney. Não quero falar muito sobre isso. O canto foi ótimo. Vou apenas dizer isso”, sugeriu Lizzo. Em 2018, a cantora tentou se promover como Úrsula com um vídeo em que aparecia caracterizada para interpretar Poor Unfortunate Souls, música-tema da vilã.

Os desafios do fotorrealismo
Live-actions da Disney como O Rei Leão e Dumbo foram desaprovados por parte do público em razão do retrato hiper-realista dos animais: se nas animações originais eram seres antropomorfizados e superexpressivos que esbanjam carisma, agora perdem sua magia. O resultado não é diferente em A Pequena Sereia: os estimados Sebastião, Linguado e Sabidão são tão fidedignos que perdem a graciosidade, ainda que a qualidade técnica seja altíssima. Tanto O Rei Leão quanto A Pequena Sereia tiveram orçamentos estimados em 250 milhões de dólares, o que em grande parte se deve aos custos do CGI — que foram executados pela mesma equipe de artistas nos dois filmes.
“Queremos acreditar que estamos naquele espaço, então não havia como criar uma versão do Linguado que não se parecesse com um peixe”, disse Marshall ao The Hollywood Reporter sobre a opção pelo fotorrealismo. A escolha, no entanto, tem implicações: a divertida cena da música Les Poissons, em que Sebastião e o Chef Louis duelam na cozinha, por exemplo, não seria viável no live-action, e ficou de fora da nova versão. Atuar sozinha é outro desafio peculiar: Halle Bailey diz ter se sentido idiota no início das filmagens. “Quando Sebastião estava falando comigo, eu estava lá sem nada, fazendo aquelas expressões faciais enquanto conversava com um caranguejo imaginário”, explicou ao Los Angeles Times.