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Um só coração

Amigos e inimigos do PT se unem no fundo do poço das contradições

Por Dora Kramer Atualizado em 4 jun 2024, 17h45 - Publicado em 13 abr 2018, 06h00
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     (Weberson Santiago/VEJA)

    Cobra-se por toda parte a prisão de “todo mundo” depois do encarceramento de Luiz Inácio da Silva. O raciocínio, como toda simplificação, é linear e aparentemente lógico: rigorosa com Lula, a Justiça deve aplicar igual rigor aos demais suspeitos, investigados, denunciados, processados ou condenados pelo crime que aqui chamarei genericamente de corrupção.

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    A cobrança faria total sentido se não ignorasse o fato de que o ex-presidente foi o último e o maior peixe da cadeia alimentar petista pego na rede da Operação Lava-Jato. Antes dele, no PT, caíram bagres e tubarões. No MDB e demais denominações dessa área de influência “rodaram” outros tantos.

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    Ao campo político/eleitoral oposto, onde residem revoadas (o dicionário também registra “bando” como coletivo de pássaros) de tucanos, a ação da Justiça está chegando. Não houve o tempo, demorado, segundo alguns autores, do Lula? Inexorável será o destino dos outros: Aécio Neves, Eduardo Azeredo e que tais, entre os quais se inclui o presidente Michel Temer, cada um dependendo das circunstâncias legais a ser respeitadas, justamente por não estarmos sob a égide do arbítrio.

    Juízes não têm a prerrogativa de atropelar ritos nem de aplicar sanções ao modo de justiceiros movidos pelo voluntarismo das boas intenções. Tal seria se Sergio Moro e companhia fizessem e acontecessem dentro e fora das respectivas jurisdições. Os defensores da “democracia” e do “estado de direito” quando se trata de Lula teriam toda a razão de reclamar caso isso acontecesse.

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    Ocorre que não acontece. A realidade é outra coisa.

    Na verdade, Lula está preso e não será candidato a coisa alguma, exceto no universo paralelo da esquerda, onde só acontece o que ela quer.

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    Com os aliados, auxiliares e amigos mais próximos presos, denunciados ou investigados, o presidente Temer envereda pelo caminho já percorrido pelo ex-presidente Lula de 2005 para cá e, tão logo deixe a Presidência, arrisca-se a ser também apontado como chefe da organização criminosa que vitimou o PT e, tudo indica, trará consequências semelhantes para o MDB.

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    Lula primeiro viu cair a cidadela de seu entorno até ser ele mesmo condenado. Provavelmente não estaria preso se tivesse se candidatado a senador ou deputado, pois teria foro especial de Justiça e estaria sendo beneficiado pela diferença de ritmo dos trâmites entre instâncias superiores e inferiores. Insistindo numa impossível reeleição, Temer ficará sem o foro e sem a prerrogativa presidencial de não poder ser investigado por fatos anteriores ao exercício do mandato.

    Mas nem tudo é semelhança. Além de o MDB não ser um partido de um comandante — e por isso não está acoplado a uma única liderança —, Temer, caso venha a ser processado e condenado, poderá ser beneficiado pelas prescrições previstas em lei, cujo prazo cai à metade quando o réu tem mais de 70 anos. Temer terá 78 quando deixar a Presidência.

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    Publicado em VEJA de 18 de abril de 2018, edição nº 2578

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