Toque de recolher
Militares escolhem agora se param ou continuam a dançar no ritmo de Bolsonaro
![Brazilian President Jair Bolsonaro (C) smiles next to his Defense Minister Braga Netto (2R), Navy Commander Almir Garnier (L), during a military vehicles parade in front of the Planalto Palace in Brasilia, on August 10, 2021. - Bolsonaro is accused of using the armed forces for a show of force to intimidate National Congress, where a bill is being debated to modify the electronic voting system. (Photo by EVARISTO SA / AFP)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/08/000_9KX2AX.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
As respostas técnicas do Tribunal Superior Eleitoral aos questionamentos de cunho político sobre as urnas eletrônicas, impõem as Forças Armadas uma escolha: se param ou se continuam a dançar no ritmo da música imposta pelo maestro Jair Bolsonaro.
Vemos agora que o TSE se equivocou ao convidar os militares a integrar a Comissão de Transparência. Em princípio não parecia má ideia, mas foi desvirtuada pelos militares que transformaram o convite para participar numa autorização para controlar e comandar o processo eleitoral.
Os questionamentos, notadamente os sete últimos, expuseram todo o desconhecimento dos militares a respeito do assunto. As respostas, assertivas e detalhadas, além de evidenciar a confiabilidade das urnas, deixaram as Forças na constrangedora posição de serviçais (incompetentes e desinformados) dos intentos golpistas do presidente da República.
O toque de recolher, no momento, seria a melhor opção. A fim de que não se repita, nas eleições, o vexame a que a instituição militar foi submetida na área da Saúde onde, na pandemia, esteve representada pelo general (na época ainda na ativa) Eduardo Pazuello.